Ou eu deveria dizer "Viva o Pop de Vegas!"?
Não sei, fiquei confuso agora...
Não sei, fiquei confuso agora...

Foi lançado recentemente o terceiro disco de estúdio do The Killers (quarto, se você considerar a "coletânea" Sawdust). Como era de se esperar, o álbum já impressiona pela capa que, mantendo o logo da banda exatamente na mesma posição de sempre, exibe um belíssimo mosaico de bolhas formando sei-lá-o-quê. E, como não podia ser diferente, Day & Age cria um espetáculo sonoro menos inovador do que foi prometido, mas bem diferente do que poderia ter sido feito se a banda não tivesse desejado mudar de rota.

Tudo começa com a quase-balada Losing Touch, que abusa dos vocais agudos sustentados por batidas melódicas da bateira (lê-se pratos em excesso) e com instrumentos de sopro que eu ainda não tinha percebido em outros trabalhos do grupo. Em seguida vem o primeiro single, Human [CLIQUE PARA ESCUTAR], que mostra claramente as raízes roqueiras do grupo e as origens do mais puro rock. Spaceman, por sua vez volta ao tom pop com mais força, e me faz lembrar de alguma coisa que eu já escutei antes, só não sei exatamente o que... Depois chega com tudo Joyride, baladinha perfeita pra abrir os super-espetáculos megalomaníacos do Killers. Ela é também a abertura de uma sequência melódica com poucas alterações, quebrada somente na penúltima música do álbum, The World We Live In, que tem uma boa batida e poderia perfeitamente ser o próximo single. Essa, aliás, poderia também encerrar a tracklist, já que a escolhida para isso, Goodnight, Travel Well, é uma só baladinha sem graça que foge ao padrão inovador do grupo.

O importante é que, de um modo geral, eles mostraram que sabem o que estão fazendo. Não tiveram medo de impressionar os fãs já conquistados e é provavel que conquistem ainda mais com Day & Age. Como filhos pródigos da cidade-espetáculo de Las Vegas, continuam tendo uma excelente base sonora para manter o alto padrão de seus shows. Espero que eles apresentem a nova turnê por aqui em breve...
