quinta-feira, 27 de junho de 2013

Opereta zumbi, será?

Com zumbis dominando a literatura, tv, video games e filmes por que não engolir mais um e assistir Guerra Mundial Z (“World War Z” EUA, 2013)? Baseado no livro homônimo, o filme promete ser a obra máxima sobre os mortos vivos, uma espécie de Ben Hur com zumbis. Acontece que Brad Pitt ta bem longe de ser Charlton Heston, e a única coisa que as duas obras tem em comum é a grandiosidade. Enquanto uma verdadeiramente se torna um épico, a outra se perde no estrionismo.

A genialidade tem curvas femininas


ANA PAULA LAPORT
Confesso que fiquei bastante tempo pensando em como começaria a escrever essa crítica, como resumiria em poucas palavras a genialidade dessa mulher que colocou todo mundo no chinelo com seus textos políticos filosoficamente incríveis. Resolvi ser direta e sem babar ovo: a atriz merece um Oscar e o filme é ótimo. Pra quem conhece a história dessa mulher genial, vale a pena ver o longa Hannah Arendt (Alemanha, 2013) e confirmar a sua genialidade. Pra quem não a conhece, vale a pena ver também para conhecer.


Estranhamente Familiar


Para entender porque Tarzan (1999, EUA) é tão bom você precisa observar motivos bem antes do filme em si. Na bíblia dos animadores, “The Animators Survival Kit”, o prefácio pelo autor Richard Williams (diretor de Uma Cilada para Roger Rabbit) faz um comentário elogiativo a Mogli, O Menino Lobo. O comentário consiste em elogiar a habilidade da Disney de conseguir capturar os movimentos com perfeição: a cobra rastejava como uma cobra; o tigre gingava como um tigre; e um menino que era um lobo, era um lobo.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Idiota, mas de bom coração

Você já estava considerando a franquia Todo Mundo em Pânico mais que enterrada, mas desde que o gênero de terror exista a franquia vai existir, e eis que então surge o quinto. Todo Mundo em Pânico 5 ("Scary Movie 5" EUA, 2013) Algo bem diferente de onde a franquia nos deixou, mas ainda assim com as mesmas tosqueiras e escatologias de sempre. Afirmar que esta é uma franquia cansada seria um mérito para os outros filmes, é mais fácil dizer que ele é mais do mesmo, só que um pouquinho pior.

terça-feira, 25 de junho de 2013

¡Abróchense los cinturones de seguridad, el conductor desapareció!



É muito estranho achar alguma coisa pra dizer sobre Os Amantes Passageiros ("Los Amantes Pasajeros", Espanha, 2013), novo longa de Almodóvar. Principalmente porque é um filme estranho. Muito estranho, aliás. Mesmo assim, os fãs do diretor vão poder comemorar sua volta à comédia com um dos filmes mais divertidos (e melhor mesmo) que ele fez em muito tempo.

Ao infinito, e além…



Quando criança já se perguntou o que seus brinquedos faziam quando você não estava por perto? Entrou no quarto de súbito ou acordou no meio da noite para pegá-los no flagra? Eu sei que eu fazia isso... Tom Hanks também. E esta foi a ideia inicial do primeiro filme produzido da parceria entre os estúdios Disney e Pixar.

Delicadeza e um toque de tristeza



Chame alguém de Bambi hoje ou compare-o a um veado: seu interlocutor ficará, no mínimo, um pouco ofendido. Se hoje o termo é depreciativo em relação aos homossexuais, deve muito pouco à memória de seu representante animado, Bambi (Estados Unidos, 1942). O protagonista, criado no romance Bambi, A Life in the Woods, de Felix Salten, tem seu nome vindo de "bambino" – significado de "menino" em italiano. E assim é Bambi: uma criança frágil e desajeitada, infelizmente injustiçada pela passagem do tempo.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Como uma Rosa




ANA PAULA LAPORT

Antes de qualquer coisa, gostaria de informar que Aurora é a princesa mais bonita da Disney, não tem como discordar. Se bem que com três fadas madrinhas até eu. Fora que a história de A Bela Adormecida (“Sleeping Beauty”, 1959, EUA) é toda romantizada, com “lugares distantes, duelo de espadas, feitiços, um príncipe disfarçado”... Ou seja, uma obra de poeta. No início do filme, o narrador explica o porquê do nome da princesa: “Deram-lhe o nome da luz da manhã, porque a menina veio iluminar-lhes a vida como um raio de sol.” Lindo! Pena que essa parte só foi acrescentada na produção da Disney.

Winner Winner Chicken Dinner

Anos 50, uma família tipicamente americana se muda para uma nova cidade. O filho único, Michael, tem problemas em fazer amigos e os pais, Nick e Lily, são extremamente amáveis e carinhosos com ele. Tudo muda para Michael quando ele conhece uma menina, também nova na turma, e os dois se dão muito bem. O Que Há Para Jantar? (Parents, Estados Unidos, 1989) parece uma comédia romântica, daquelas que passam cinquenta vezes na sessão da tarde.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mãe É Tudo Igual?

Está chegando aos cinemas mais uma comédia nacional daquelas que a gente vê o trailer e pensa: "ah, quem sabe assisto quando passar na TV?". Mas acontece que Minha Mãe é Uma Peça - O Filme (Brasil, 2013) nos traz uma bela surpresa com o humor inteligente de Paulo Gustavo e Dona Hermínia, a matriarca, inspirada pela própria mãe, que já levou milhões aos teatros, fez sucesso na TV e agora faz sua primeira aparição cinematográfica.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Clássico que Nunca Envelhece




Quem foi que nunca desejou ser criança para sempre!? Era uma época onde as responsabilidades eram menores, os dias eram mais voltados para diversão e tudo que é considerado sério para o mundo adulto era visto como se fosse uma grande brincadeira. Todas esses “princípicos” do mundo infantil sempre estiveram presentes em toda criança. Mas, no ano de 1911, essas idéias foram engradecidas e mostradas a todos através de uma peça teatral de J. M. Barrie. O espetáculo Peter Pan & Wendy originou um livro infantil e várias adaptações para o cinema, e entre elas está um dos mais aclamados clássicos da Disney: Peter Pan (EUA, 1953).


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Como passar no Enem sendo um monstro

Foi a originalidade de “Monstros S.A” que me cativou. Entre meus amigos de escola da época, quem diria que o medo que sentimos dos monstros é recíproco? O filme surpreendeu e me arrancou risadas capazes de suprir alguns anos de energia no mundo monstro. Infelizmente, a história do novo filme não repete a façanha. Universidade Monstros (“Monsters University”, EUA, 2013) é bom, mas não marca, limitando-se a ser mais um filme sobre problemas de ajuste na escola. Importante para a educação das crianças, sim, mas falta o tempero das piadas bem afiadas. Falta genialidade, falta certa dose de energia.

O Orelhudo mais Amado de Todos


A história do quarto filme da Walt Disney Company todo mundo já conhece: um elefantinho que é discriminado (na verdade, podemos dizer até que ele sofre bullying, embora esse termo ainda não tivesse sido inventado nos anos 40) pelos seus companheiros de circo por causa de suas orelhas, que são, para usar um eufemismo, desproporcionais. Dumbo (1941, EUA) foi produzido com a intenção de gastar pouco e fazer dinheiro nas bilheterias, pois os dois últimos longas da companhia ("Fantasia" e "Pinóquio") não tinham sido muito bem sucedidos, principalmente pelo advento da Segunda Guerra Mundial. O longa acabou sendo, então, um dos maiores sucessos da Disney na década de 40, foi elogiado pela crítica e abocanhou o Oscar de melhor canção por "Baby Mine".


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Clássica, em todos os sentidos


Até hoje uma princesa loira de olhos azuis estampa cadernos e lancheiras, é tema de fantasias de Halloween e de festinhas de aniversário, e tem um castelo que é o principal símbolo da Disney e atração chave na Disneylândia. Cinderela (Cinderella, Estados Unidos, 1950) levantou a companhia no pós-guerra, que não fazia longas desde "Bambi", de 1942. A animação ganhou, ainda, duas continuações (de 2002 e 2007, lançadas diretamente em vídeo) e um live action a caminho.

Cinderela é boa, gentil, honesta, bonita, humilde, talentosa e amiga até dos ratinhos. Mas também é submissa, ótima dona de casa e futura esposa e mãe (para alegria de seu futuro sogro, o rei). Os valores são os da década de 1950 e se de alguma forma a princesa persiste até hoje no imaginário infantil é por sua vocação de marca e símbolo universal, a princesa que canta com os passarinhos e realiza sonhos - muito além da própria história. A animação, a trilha sonora e até mesmo o desenvolvimento da trama podem parecer datados, mas Cinderela, a personagem, tem um quê de eterno, mesmo que represente tão pouco das crianças de todo o mundo.


A história é bem conhecida, do clássico de Charles Perrault: Cinderela, filha muito amada de um pai muito rico, ganha uma madrasta e duas irmãs. Quando o pai morre, a madrasta se revela maldosa e hipócrita e faz da menina sua criada. Suas filhas também a maltratam e a chamam de Gata Borralheira. Porém, um grande baile na corte mudará o destino da menina e, com a ajuda da sua fada madrinha, seus sonhos serão realizados. Recentemente se falou muito de como os contos de fada originais, da tradição falada, eram mais violentos e assustadores, tão diferentes da adaptação da Disney - mas se o longa tem um conteúdo tão patriarcal e moralista, é um fruto de sua época, assim como o são as princesas aventureiras e atrevidas de hoje. O sonho de Cinderela, o principal motivo do filme, é se casar - nem importa com quem: o príncipe só aparece lá pelos 50 minutos de filme e, mesmo assim, pouco fala ou se faz presente.


Apesar disso, Cinderela passa a mensagem fundamental de que com bastante fé (e um pouquinho de magia) os sonhos daqueles que merecem podem se realizar, mesmo os de uma gata borralheira. Esse lema permeia qualquer filme da Disney e também um pouquinho da crença de ser criança. Talvez seja isso o eterno de Cinderela: a atmosfera da magia, da crença na bondade e o Bibbidi-Bobbidi-Boo.

Supernanny ao resgate

Se você espera um filme de terror super profundo que alfineta os valores sociais e como nós lidamos com crianças, pode esquecer. The Children (Inglaterra, 2008), acontece durante o natal.

Cinema de Câmara



Como vocês já sabem (graças à Jess) Fantasia surgiu para ser exibido perenemente sempre com curta-metragens novos sendo exibido com os antigos. Essa idéia ambiciosa do Walt Disney foi amplamente inviabilizada até que no ano 2000 uma nova edição do Fantasia surge se nomeando Fantasia 2000 (EUA, 1999). No mesmo modelo do anterior, o filme mostra porque a Disney continua na vanguarda desse novo mundo da animação.

O filme é uma compilação de nove curtas animados dos estúdios Disney acompanhados de vários standarts da música clássica. Em relação ao original, os dois começam mais ou menos da mesma forma que o original: com a criação do universo. A partir daí, no entanto, cada um segue com a sua viagem nos apresentando mundos cada um mais fantástico que o outro. Um dos mirabolantes mostra baleias voando pela aurora boreal, enquanto um delírio mais jazzistico nos leva por um dia em Nova Iorque. Até o Pato Donald dá uma de Noé numa releitura do mito bíblico ao som de “Pompa e cirunstâncea”. Todos as animações estão garantidas de marcar você de alguma forma, somente a do Soldadinho de Chumbo que passa um pouco apagada.

Uma outra mudança do original é que dessa vez um número de celebridades vêm apresentar os curtas. Os nomes vão de Penn e Teller até James Earl Jones. Durante a introdução feita por Bette Midler ela comenta que um dos projetos para o Fantasia que não seguiu em frente era uma animação que Disney estava fazendo junto com Salvador Dalí. Nenhum dos dois conseguiu concluir a animação, mas graças ao esforço dos profissionais do estúdio, hoje em dia essa animação existe. É essa aqui, ó: http://www.youtube.com/watch?v=1GFkN4deuZU

Dentre todos os vídeos novos, pelo menos um deles é do antigo Fantasia, você pode adivinhar qual é? Isso mesmo, aparentemente, o Mickey Feiticeiro não só está na lombada das nossas fitas vhs mas também em nossos corações. Apesar de ser o segundo dos fantasias, esse filme ganha medalha de ouro em dois quesitos: Ele foi lançado às 23:59 de 31 de dezembro de 1999, sendo assim, o primeiro filme a ser lançado do milênio. Depois, ele também foi um dos primeiros filmes a sair em IMAX.

Era um mundo diferente quando este filme saiu, Disney não era mais hegemônica na arte de se animar direito. Mesmo assim, não precisa olhar mais do que Fantasia 2000 pra entender porque o império de Walt segue forte até hoje. Animar não é o mesmo que dar vida, e a magia que nos cativou desde que somos crianças não pode ser encontrada em qualquer lugar.

domingo, 16 de junho de 2013

Uma Orquestra Fantástica



Vocês se lembram da primeira vez que ouviram uma orquestra ao vivo? Eu não lembro, mas até hoje me emociono. Afinal, são tantos sons que compõem um lindo ballet sinfônico, com tantas vozes, agudas e graves, que narram uma história sonora. É a partir desta ideia que Walt Disney combina a magia de uma sinfonia clássica com o fantástico mundo da animação, no filme Fantasia (EUA, 1940).

Disney: vida e obra

Não é muito extremo dizer que os sonhos da maioria das crianças do mundo passaram pelo universo dos personagens Disney. O arco mágico que escorre lentamente por cima do castelo da Cinderela anuncia que estamos deixando o mundo do hoje e entrando no mundo "do ontem, do amanhã, e da fantasia". O homem que criou e deu seu nome a essa fábrica de entretenimento sem paralelo, Walter Elias Disney - Walt, pros íntimos, que somos todos nós - se confunde com a própria história do seu império. Disney, como o grande contador de histórias que era, não se preocupava em criar ou aumentar os mitos que cercavam sua imagem. Assim, Walt se tornou, ele mesmo, mágico, com a capacidade sobrenatural de viver pra sempre: tem gente que diz que ele está criogenicamente congelado, só esperando pra acordar.

sábado, 15 de junho de 2013

Ensinamentos Clássicos



Quase todo filme voltado para o público infantil possui uma lição de moral por trás da trama. Porém, existe um clássico da Disney que podemos considerar como a uma das primeiras e mais completas lições de moral já existente na historia do cinema. Pinóquio (Pinocchio, EUA, 1940) é um daqueles contos que foram feitos quase exclusivamente com o intuito de educar as crianças sobre o que é certo e o que é errado. O medo foi ferramenta fundamental.

A primeira a gente nunca esquece




ANA PAULA LAPORT


Era uma vez uma rainha recalcada e invejosa... Er... Quer dizer...

Há mais de duzentos anos, dois irmãos alemães (Jacob e Wilhelm Grimm), muito interessados em descobrir a origem história e linguística de seu país, começaram a estudar e pesquisar narrativas populares e lendas antigas passadas pela tradição oral. Eles compilaram um bando delas, de várias regiões, e as publicaram. As histórias ficaram tão famosas que foram reproduzidas diversas outras vezes, em livros, filmes e peças de teatro.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um sonho nonagenário


*com Ana Paula Laport

Qual é o seu sonho? O sonho de uma marca é deixar de ser marca para virar sonho. Parece um desafio impossível, mas não era para o sr. Walter Elias. Chegar na casa dos 90 e ainda encantar cada nova geração incontestavelmente é um triunfo com a cara da Disney. E não estou falando só da incrível renovação tecnológica e cultural que a "fábrica de sonhos" alcança a cada lançamento, mas da capacidade de ainda emocionar mesmo com seus primeiros projetos.


A partir de amanhã o LixeiraDourada convida você a voltar a ser criança e mergulhar na Magia da Disney. Durante um mês, nós homenagearemos a criadora do Mikey em seus filmes mais famosos, além de comentar curiosidades e a grandiosa história por trás do espetáculo.

Diário Filmado

Lucia Murat é uma cineasta que leva muito de sua vida pessoal para as telas do cinema. Presa e torturada nos porões da ditadura, a experiência sempre lhe serviu de matéria prima para os filmes. E Lúcia já fez vários trabalhos sobre esse tema: "Que bom te ver viva" e ótimo "Quase dois irmãos" são só alguns exemplos. "Uma longa viagem", o seu último filme, é um documentário sobre a vida de seu irmão mais novo e Lúcia continua a mexer no seu álbum de família neste A Memória Que Me Contam (Brasil, 2012). A protagonista interpretado por Irena Ravache é, inclusive, um óbvio alter ego da cineasta. Até a vestimenta é parecida.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Genialidade Além do Esperado

Recriar uma franquia cinematográfica que já possui uma legião de fãs não deve ser uma tarefa muito fácil. Agora, imagina dar continuação a essa história sem matá-la… Isso sim é praticamente uma missão impossível. Mas parece que o diretor J.J. Abrams (o mesmo de “Super 8” e da série de TV “Lost”) conseguiu entender bem o espírito da coisa e provavelmente irá surpreender ainda mais ao fãs de “Jornadas nas Estrelas” com o mais novo longa série: Além da Escuridão – Star Trek (Star Trek Into de Darkness, EUA, 2013).


Star Trek Meia Boca

Em 2009, J.J. Abrams reinventou uma das séries mais populares de todos os tempos que andava meio esquecida e um tanto quanto ultrapassada. Com o seu "Star Trek", o diretor apresentou os personagens clássicos da série para uma nova geração de fãs e conseguiu fazer um filme realmente incrível. Infelizmente, essa continuação Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek - Into Darkness, EUA, 2013) é muito inferior ao seu antecessor e deixa muito a desejar.

Ramartia Americana

Se você já quis cortar os pulsos com Blue Valentine então se prepara para o novo filme do diretor. O Lugar Onde Tudo Termina (“The Place Beyond The Pines” EUA, 2013) faz suas promessas pelos nomes envolvidos no projeto: Bradley Cooper, Ryan Gosling, Derek Cianfrance. A vanguarda do cinema americano conseguiu fazer um belo filme sobre família, redenção e maldição familiar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Loucos (e anacrônicos) anos 20


Ouvir o rap de Jay-Z sobre cenas dos anos 20, com as roupas de época e os carros antigos, inicialmente pode parecer fora de lugar, mas faz um estranho sentido. É a era do jazz, de florescimento econômico e cultural, mas também de afrouxamento moral, cabarés, festas intermináveis, bebida barata e culto à riqueza das famílias tradicionais ou de novos ricos. É a época de Fitzgerald, Hemingway, James Joyce, Picasso e do Cole Porter que convida: "let's misbehave". O Grande Gatsby ("The Great Gatsby", Estados Unidos/Austrália, 2013) é cheio de anacronismos, mas eles não só enriquecem a história como também permitem que se trace um paralelo de reflexão da nossa própria era, que tem valores muito parecidos com os de 90 anos atrás. E Jay-Z é o especialista moderno nesse assunto.

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