30 de Janeiro

Um jeito, um carinho, um cheiro. Um momento, alguém, uma atitude. Saudade é um pedaço de nós que não nos pertence mas se adapta, inflamado, em algum lugar do peito. Ou simplesmente uma ausência, um vazio que não se preenche, apenas se sobrepõe às lembranças. Saudade é pulso acelerado, saudade é calor de abraço que esfria. Saudade é fotografia do passado no porta retrato de uma memória aflita.

Parcerias

Estreia amanhã o último produto da já tradicional parceria entre Clint Eastwood e Morgan Freeman (devidamente premiados em “Os Imperdoáveis” e “Menina de Ouro”). Invictus, dirigido por Eastwood e protagonizado por Freeman também já rendeu bons frutos, com 11 indicações a prêmios importantes, entre eles três Globos de Ouro, e três prêmios do National Board of Review, de Melhor Ator, Melhor Diretor e o Prêmio Especial de Liberdade de Expressão.

Mais Um "Policial"

FELIPE PIMENTEL

“O fim da Escuridão” (Edge of Darkness, 2009) é a refilmagem de uma série da TV inglesa. Mel Gibson estrela um filme após 6 anos afastado das telonas, e o resultado não é brilhante.

In Japan

Clima de férias, tempo livre. Vejamos o que pode ser interessante assistir gastando menos do que uma sessão de cinema. Sim, a videolocadora também pode ser sua companheira nesse período de ócio e, por isso, estamos aqui para dar algumas linhas sobre DVD’s que valham à pena. Nada pesado demais ou profundo demais, afinal, estamos despretensiosos. Boa diversão (sem perder o bom senso)!

A Criação Segundo Saramago

A linguagem afiada de José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998, está de volta em mais uma irônica releitura bíblica. Se em 1991 ele causou polêmica com “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, no qual recriava o Novo Testamento, em “Caim” seu alvo é a criação do mundo e a relação de deus (assim mesmo, sem maiúscula) com os primeiros humanos. Aos 87 anos e depois de mais de 30 obras publicadas, o escritor lusitano nos mostra que não está nem um pouco cansado. Pelo contrário: sua narrativa está cada vez mais afiada.

Um Amor de Idade

NAIRA OLIVEIRA

Não se trata de "Ligações Perigosas". Já começo esclarecendo, por mais que a era vitoriana e a trilha sonora carreguem os sons de Vivaldi, Cheri é mais uma história de amor.

CADERNOS DO CINEMA: MalAmada

Em meio a uma imensidão de dramas e comédias sobre casais, Jason Reitman parece ter achado um caminho diferente, as comédias dramáticas de indivíduos. O diretor de "Juno" e "Obrigado Por Fumar" nos traz agora a história de um solteirão de meia-idade que, aparentemente, passa longe da crise de meia-idade.

Gostoso Mas Sem Tempero (Atualizado em 26/1)

Neste final de semana No dia 5 de fevereiro a comédia italiana “Ah!… O Amor” (Ex, Itália, 2009), do diretor Fausto Brizzi, chega às telas para contar a história de 6 casais, à princípio, distintos, apenas com uma coisa em comum: relacionamento amoroso. Com o decorrer das tramas, é possível perceber que amizade, laços profissionais e muitas coincidências unem essas doze pessoas no período entre Natal e Dia dos Namorados. Regida pelo amor e suas variações, esta comédia romântica prima pela simpatia e pelo bom entendimento com o público.

Que Caribe É Esse?

A essa altura, uma semana depois do ocorrido, é altamente improvável que você não esteja sabendo do terremoto de grau 7 na Escala Richter que atingiu a o Haiti no último dia 12 e destruiu, entre outras cidades, a capital, Porto Príncipe. Pode soar estranho, diante de tanta devastação, falar que há um lado positivo em tudo, mas não consigo deixar de pensar isso ao ver tamanha mobilização ao redor do mundo. A História já provou que, infelizmente, só em grandes desastres pessoas de diferentes culturas se tornam tão unidas por um mesmo propósito, como ocorreu logo após os Tsunamis e o furacão Katrina.

Sentimentos Monstríagos

NAIRA OLIVEIRA

Começo informando que não é um filme infantil, e se me permitirem, também não é para crianças. Não que haja nada que uma criança de 6 anos, um menino não ache fascinante, contudo são os diálogos e o comportamento dos monstros que talvez não sejam do mundo infantil. É sim um filme sobre a infância, onde imaginação e realidade levam às aventuras do jovem Max.

Holmes de Ritchie

Adaptações literárias normalmente geram furor, comparações e inflamação da crítica. Isto não é de todo mal se for levado em conta que um produto cinematográfico, por mais que tenha como base um conteúdo literário, é uma obra independente. A construção e o trabalho da imagem fazem do diretor um novo escritor que, consequentemente, merece ser analisado como tal. Em “Sherlock Holmes” (EUA, 2009), Guy Ritchie reescreve, ao seu estilo, os famosos personagens de Arthur Conan Doyle e, por isso, esqueçamos o último, deixemos nossos olhos no filme e vejamos o quão fantástico é poder ter a capacidade e o poder da reconstrução.