O diretor, com larga experiência em televisão, deixou neste seu terceiro projeto para cinema muito da estética e da narrativa televisiva. Todas as histórias permanecem em conflito, permeadas com um leve humor, até o desfecho final, que se apresenta revelador, emocionante e satisfatório. Por seguir esse modelo já bem conhecido pelo público, a obra ganha na identificação com o espectador mas perde muito na criatividade.
O filme acontece em sua grande parte em ambientes fechados o que colabora para o tom novelístico do filme. A trilha sonora, um pouco pesada demais variando entre James Blunt, The Calling e música italianas, recorta no lugar de envolver: se torna perceptível demais, quando a música no cinema deve apenas ser um complemento emotivo.
A presença de muitos elementos do cotidiano globalizado e as referências modernas enfraquecem bastante a ideia um filme italiano. Tirando a língua, que predomina em grande parte do filme (há algumas falas em inglês em cenas que se passam na Nova Zelândia), a produção passaria muito bem como um produto norte americano; talvez por seguir uma fórmula já bem conhecida ou por pecar na ausência de um tempero diretamente da Itália.
