Estreia amanhã o último produto da já tradicional parceria entre Clint Eastwood e Morgan Freeman (devidamente premiados em “Os Imperdoáveis” e “Menina de Ouro”). Invictus, dirigido por Eastwood e protagonizado por Freeman também já rendeu bons frutos, com 11 indicações a prêmios importantes, entre eles três Globos de Ouro, e três prêmios do National Board of Review, de Melhor Ator, Melhor Diretor e o Prêmio Especial de Liberdade de Expressão.

O filme se inicia passando batido pela libertação do líder sul-africano Nelson Mandela (Freeman) durante a dissolução do regime do apartheid e pela sua eleição e posse como primeiro presidente negro do país, mas a história de desenvolve mesmo durante a preparação da equipe sul-africana de rúgbi, os Springboks, para a Copa do Mundo de 1995. Nesse período, Mandela viu no rúgbi uma oportunidade única de unir seus compatriotas, negros e brancos, por um mesmo objetivo e buscou no capitão do desacreditado time, François Pienaar (Matt Damon), uma aliança para concretizar seus sonhos.

Como era de se esperar em uma produção de US$ 50 milhões comandada por Clint Eastwood, o filme reúne uma incrível variedade de ótimos atores, muitos deles pouco conhecidos. E, mais uma vez, como já deveríamos saber, Morgan Freeman é o grande homem do filme e com sua atuação tão impecável ofusca qualquer um que apareça na mesma cena que ele, talvez com exceção apenas de alguns momentos em que divide a tela com Matt Damon. Não me entendam mal, não é que Damon esteja mal no filme, muito pelo contrário. Em um excelente momento da carreira, provavelmente este foi um de seus personagens ais complexos e mais bem feitos.
Além de tudo isso, Eastwood ainda nos traz sua técnica impressionante para escolher uma excelente equipe, como sempre. A fotografia é belíssima, a trilha sonora esta sempre no lugar certo e cada um dos planos e enquadramentos trazem um significado forte. Em ano de Copa do Mundo (essa de futebol) na África do Sul, vale a pena conhecer um pouco mais sobre esse país com uma história tão sofrida, e acompanhar a reconstrução heróica da final da Copa (de rúgbi) de 1995, realizada no Estádio Ellis Park, que também abrigará algum importantes jogos (de futebol) em 2010. E se você for do tipo ‘manteiga derretida’, prepare seus lenços.

