NAIRA OLIVEIRA
Começo informando que não é um filme infantil, e se me permitirem, também não é para crianças. Não que haja nada que uma criança de 6 anos, um menino não ache fascinante, contudo são os diálogos e o comportamento dos monstros que talvez não sejam do mundo infantil. É sim um filme sobre a infância, onde imaginação e realidade levam às aventuras do jovem Max.
Max mora com a mãe solteira e a irmã adolescente, em sua rebeldia crê que ninguém lhe compreende e foge de casa. Ao encontrar um barco na floresta decide velejar, e vai parar Onde Vivem Os Monstros. Avista Carol, um sentimental e impulsivo monstro quebrar casas após a partida de KW e, entendendo como Carol se sente, sai do meio da floresta e começa a destruir casas com ele. É a solidão que junta estes dois, e a esperança de que tudo pode se resolver, quando Max vira rei do local, que pode juntá-los. Mas Max vai se dando conta de que cuidar de um reino onde diferentes sentimentos predominam não é tão fácil quanto parecia.
Spike Jonze (‘Quero ser John Malkovich’ e ‘Adaptação’), dirige com sutileza e inocência, e difere, não muito, de seus projetos anteriores. A constante intensidade dos sentimentosé algo presente no diretor. Sendo que o filme não totalmente sentimental, também estaria mais para uma história de ação onde o herói é um garoto de 9 anos: há muita correria, lama, explosão e destruição. Poderia até ser a infância de Indiana Jones antes de procurar por templos e caveiras.
