
NAIRA OLIVEIRA
Não se trata de "Ligações Perigosas". Já começo esclarecendo, por mais que a era vitoriana e a trilha sonora carreguem os sons de Vivaldi, Cheri é mais uma história de amor.
Cheri (sobrenome do protagonista) é só mais uma história de amor impossível. O jovem Fred Cheri (Rupert Friend) vive uma vida de boêmia regada a alcóol e ópio e sem a menor responsabilidade. É um rico jovem da burguesia vitoriana inglesa. Sua mãe (a hilária Kathy Bates), pede ajuda a uma velha amiga cortesã, Lea (Michelle Pheifer) para disvirtuá-lo deste caminho e ensiná-lo até a amar alguém. O jovem aprende bem, e se apaixona por Lea, contudo a diferença de quase trinta anos entre eles proíbe o amor.
O filme permeia este relacionamento de seis anos, até Cheri ter que se casar com uma jovem que sua mãe escolhera, e é narrado por uma terceira pessoa, o que dá mais uma aprofundada noção do que pensam os personagens e o que sentem na cena, como faz um narrador típico. De fato não é de se impressionar muito com esta película, mas caso procure ver figurinos exuberantes do século 19, com certeza não se decepcionará. O típico clichê do final feliz (ou não) rodeia o resto do filme, e nem mesmo esse narrador reverte a situação.
