Dia internacional da mulher... OK.
Aí vem aquela história: “dia da mulher é todo dia”. Será mesmo?
Esses clichês são muito bons de serem repetidos, até porque você fala e nem sente. Aliás, se quiser agradar uma mulher é só dizer: “Hoje é seu dia, mas é simbólico, pois deveríamos comemorar todos os dias”. Muitas vão cair nessa e correr pra contar pras amigas que fulaninho falou issoissoeisso. Mulheres...
A história do dia 8 de março é interessante, não há nenhum registro histórico que diga ao certo se é verídica ou não, mas ei-la: em 8 de março de 1911, dentro de uma fábrica têxtil em Nova Iorque, 129 tecelãs foram mortas porque organizaram uma greve por melhores condições de trabalho. O ‘fato histórico’ relata que, ao serem reprimidas pela polícia, elas refugiaram-se na fábrica. Em resposta a atitude ousada das mulheres, os patrões e a polícia trancaram todas as portas e atearam fogo, matando-as carbonizadas. Mórbido, ham?
Existem outros fatos históricos que citam a participação ativa de operárias russas, em greve geral, que culminaram com o início da revolução russa de 1917. Será?? O que importa é que o 8 de março caiu nas graças do mundo. A ONU (Organização das Nações Unidas), em 1975, oficializou a data, e, a partir de então, as mulheres foram emancipadas. Tudo bem que muito antes elas já podiam votar, possuir cargos públicos, serem mães solteiras. Mas o trabalho é duro e a jornada é longa.
O papel da mulher AINDA é desvalorizado. Por favor, respondam: quem não olha assustado quando vê uma mulher dirigindo um ônibus? Um táxi? Uma mulher assumindo um cargo de chefia em uma empresa de grande porte ainda é mal visto. As mulheres ainda têm muito trabalho pela frente.
Nós temos o nosso dia? Ok. Isso é maravilhoso. Esse dia 8 de março não é pra receber bolinhos, cartõezinhos, flores e balas. O ideal seria que refletíssemos em tudo o que nós somos capazes hoje. É dia para pensar, repensar e botar na cabeça que somos muito mais fortes do que imaginamos. Os outros 364 dias do ano são para botar a mão na massa e correr pro abraço.
