sexta-feira, 5 de junho de 2009

Fórmula de Sucesso

Estreia hoje, em todo o território nacional, a comédia-romântica “A Mulher Invisível”, de Claudio Torres.
Antes, gostaria de agradecer à Rede Brazucah que nos convidou para a pré-estreia do filme. E confessar que entrei no cinema naquele dia com certo receio. É verdade que o trailer do filme, que você vê abaixo, é realmente engraçado, mas esse é um gênero altamente mercadológico e difícil de trabalhar. Muitas vezes superproduções industriais acabam se tornando grandes fracassos, apesar de fazerem alguns adolescentes abobalhados gargalharem (não vou citar exemplos). É verdade que “A Mulher Invisível” acaba repetindo uma fórmula que têm gerado grandes lucros nos últimos anos (não é difícil imaginar Ashton Kutcher ou Emile Hirch no papel de Pedro, apesar de eu desconfiar que nenhum deles o faria tão bem quanto Selton Mello).

O grande “porém” do filme é exatamente o bom uso desses moldes, que cria um clima de divertimento e uma história que não faz simplesmente com que o público ria ou se emocione, mas deixa uma reflexão sobre as consequências de uma grande solidão. O filme começa com uma grande declaração de amor de Pedro (Selton Mello), que é seguida pela participação mais do que especial de Maria Luisa Mendonça como Marina, que o troca por uma alemão. O impacto causado pelo abandono faz com que Pedro crie Amanda (Luana Piovani, em um papel aos moldes dela), uma mulher simplesmente ideal, inexistente. Casais deveriam evitar assistir ao filme juntos, pois as reações dos rapazes aos desfiles de Luana pela telona podem não agradar às moças.
Também estão no elenco principal a (quase) novata Maria Manoella, que interpreta Vitória, a vizinha apaixonada que é incentivada pela irmã, Lúcia (Fernanda Torres, muito grávida durante as filmagens), a  “investir” no romance, mas sempre encontra um obstáculo ao tentar tomar a iniciativa. Além deles, outras excelentes participações (Paulo Betti, Lúcio Mauro, Vladimir Brichta, Marcelo Adnet, Danni Carlos e outros), unidas a excelente trilha sonora, fazem o espectador se sentir bem por ter escolhido aquele filme, justificando o slogan (que já virou ditado) “cinema é a maior diversão”.
“A Mulher Invisível” é mais do que uma comédia romântica, é diversão para toda a família. E finalmente o cinema brasileiro exibe um filme feito sob molde e padrões internacionais de sucesso de público, acertando nas medidas. Que o sucesso venha, e seu exemplo seja seguido.

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