Caixinhas de lenço de papel, sorvete e chocolate. Se você está na TPM, naquele momento fossa ou gosta de uma comédia-romance-drama pra chorar no final, ta na hora de pegar pra ver Doce Novembro. Ok, a história não é nada original (vide “Outono em Nova York ”), é clichê e o Keanu Reeves é carrancudo e nasceu pra fazer Matrix, mas pera lá né... É envolvente. Além do que, Charlize Theron acaba com qualquer vontade de encher o filme de críticas e consegue passar a idéia central do filme de uma forma bem mais suave e gostosa de assistir do que aquele apelativo queridinho das menininhas (Um Amor pra Recordar, outro de temática parecida). Aliás, deixo claro minha indignação: dos 3 Framboesas de Ouro ao qual foi indicado (ator, atriz, e roteiro adaptado), discordo do dela.
Jogando com a pieguice “das coisas simples da vida” e de que “dinheiro não traz felicidade”, o filme, que é uma refilmagem de um original de 1968, trata os sentimentos e as situações de forma a tocar o espectador, tentando fugir do lugar-comum. É claro que não foi por meio do roteiro muito menos da cara inexpressiva do Keanu que isso aconteceu, e sim por poucas cenas (como o passeio com os cachorros e os doze presentes) e a trilha sonora. Sim, Enya cantando “Only Time” me arrepiou toda.