sábado, 3 de outubro de 2009

Simpatia É Quase

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Como um dos representantes da Premiere Latina, “Arranca-me a Vida” (Arráncame la Vida, México, 2009) é o que pode-se chamar de uma novela envolvente. Por outro lado, nada muito excepcional no que diz respeito à obra como cinematografia, chamando a atenção mais pelo enredo do que pelo conjunto em si. Com um pano de fundo histórico, conciliado com o papel da mulher na sociedade, baseado no argumento de Ângeles Mastretta e com a direção de Roberto Sneider, o filme permeia o mundo das descobertas.

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Catalina (Ana Cláudia Talancón), ainda menina, por volta dos 15 anos, se apaixona pelo oficial Andres Ascencio (Daniel Giménez Cacho) com quem casa impulsivamente, deslumbrada com sua presença forte, imponente e autoritária. Com o tempo, não demora a se sentir incomodada com a personalidade de seu marido, que deseja conquistar cada vez mais poder político, abrindo mão de seu caráter e passando por cima de quaisquer limites éticos que viessem a atrapalhar sua ascensão. Nesse contexto de insatisfação, conhece o músico Carlos Vives (José Maria de Tavira), que a conquista com suas mãos de maestro e com ideais completamente opostos aos de Ascencio.
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Apesar de não demonstrar uma linha narrativa original, caindo nos clichês românticos e dramáticos, apresentando dilemas previsíveis, construindo personagens tipicamente estereotipados, embalados por uma trilha sonora que tenta arrematar a grandiosidade do paradigma audiovisual mexicano, “Arranca-me a Vida”, ainda sim consegue ter um ar simpático. Por conciliar amor, paixão, sofrimento, a beleza simples de Ana Cláudia Talancón e uma produção que se destaca positivamente na fotografia, o filme rende seus 110 minutos como um entretenimento pagável e “assistível”.
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