sábado, 3 de outubro de 2009

Rojos y Rotos

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Tudo que seja possível falar sobre las películas de Almodóvar não chega perto de analisar a profundidade psicologicamente cômica de suas mulheres e cores. Muito menos encontrar elementos que cheguem a classificá-las com ruins por seu exagero, uma vez que reside neste, a magistralidade de toda a essência de suas narrativas. “Abraços Partidos” (Los Abrazos Rotos, Espanha, 2009) chega ao Festival do Rio com muitos holofotes e muita expectativa sem decepcionar os amantes dessa vertente cinematográfica almodovariana.

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O escritor Mateo Blanco, 14 anos depois de um acidente de carro que acabou com a sua visão e com a vida de Lena, mulher de um rico empresário por quem se apaixonou, vive sob o pseudônimo Harry Caine, uma brincadeira que faz analogia ao turbilhão de emoções com os quais estava lidando no período em que a conheceu. Após um acidente com Diego, seu jovem braço direito, ele começa a contar sobre essa época antes da escuridão da cegueira, uma sutil referência ao trágico fim de um amor.
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Lena conhece Mateo quando vai procurá-lo para fazer um teste de elenco em seu filme. Vigiada pelo filho de seu marido, que a controla e filma a mando do pai durante todas as horas no set de filmagem, consegue deixar sua presença marcada como principal, em um enredo que se constrói a partir de um amor provocado e gerado por ela. Envolta em muito vermelho, cor predominante do filme, Lena é a figura feminina de Almodóvar que mais uma vez conta com a beleza e o olhar de Penélope Cruz.
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Em uma das cenas mais lindas do filme, na qual as mãos cegas de Mateo encontram a tela de uma televisão, buscando no tato o pequeno momento do último beijo, o diretor deixa o espectador sentir também a angústia do fim e a sensibilidade do toque que transborda nas telas.

Clique AQUI e veja também o curta metragem feito durante as gravações do filme (com áudio em espanhol).
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