Quer ir ao cinema?
Você vai rir, eu sei que vai. Mesmo que esse não seja o seu tipo de filme e o arrastão pré-adolescente invada a sua sessão, tenho certeza que pelo menos uma das caras e bocas do Jim Carrey vai valer o seu ingresso. "Sim, Senhor" é uma comédia que estreou há algumas semanas que, no final do ano passado, nos Estados Unidos, chegou à marca de 18,16 milhões de dólares em uma semana.

Pra quem começou com "O Máscara" e amadureceu até chegar a "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", Jim Carrey não está nada mal e ainda participou da produção. Ele interpreta Carl, um cara acomodado com a vida, desmotivado, que resolve seguir a dica de um velho conhecido e entrar para um grupo de auto-ajuda que prega: “o Sim é o novo não”. A partir disso, ele deve dizer sim a todas as oportunidades que surgirem. A história é baseada no livro de Danny Wallace, um jornalista britânico que passou por essa experiência e anotou os resultados durante seis meses.
Aproveitando o momento de sugestões, “O Curioso Caso de Benjamim Button”, indicado a mais de dez Oscar e BAFTA’s, traz Brad Pitt rejuvenescendo ao longo do tempo, nascendo aos 70 anos de idade, e chegando ao fim de sua vida como um bebê de colo.
São quase 3 horas de filme e, para quem não acompanhar o ritmo da narrativa, pode parecer um tanto quanto arrastado demais. A idéia é baseada no conto de F. Scott Fitzgerald, onde a inversão do ciclo da vida é resumida na frase: "A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18", de Mark Twain. Especula-se que, a princípio, Steven Spielberg teria sido cotado para a direção, com Tom Cruise no papel principal, (com certeza o personagem ia acabar descobrindo ser um ET e sendo levado em uma nave extraterrestre…) mas David Fincher conseguiu dar a delicadeza necessária para o filme se tornar uma grande obra.

Palmas também para a fotografia e para a direção de arte.