quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Tempo Que Te Quero, Tempo

"Há ladrões que não são castigados embora nos roubem aquilo que é mais precioso: o tempo."
(Napoleão)



A cada vez que nós viramos a página do calendário, ou quando somamos um mês a mais ou a menos, ninguém se dá conta dessa realidade aparentemente abstrata que nos cerca.

É a partir da passagem contínua do tempo que os ciclos se renovam, a natureza se manifesta, e que nós, desesperados, corremos atrás de alguma coisa que possa anular o efeito do tempo.

Mas, anular ninguém consegue. Nem aqueles mais radicais, que pedem em testamento para ter seus cérebros ou corpos congelados por período indeterminado, até que a ciência descubra uma maneira de ressuscitá-los. Acho isso meio macabro. Difícil imaginar minha cabeça dentro de um frigorífico com algum líquido estranho em volta. Será que me deixariam ficar com uns discos? Ou pelo menos umas jóias.

Dá pra brincar, mas isso é assustador. Mesmo. Prefiro nem comentar muito sobre a passagem do tempo em nós, míseros mortais, e focar isso tudo sobre realizações inesperadas que os anos proporcionam à vida. O tempo é soberano. Aprimora, paralisa ou piora.

Prefiro sempre o melhor: o aprimoramento (acho que todos nós, ham). Só o tempo pode transformar uma pessoa agressiva em zen, gorda em magra, solteira em casada. Apenas com o passar do tempo interpretaremos alguns enigmas da vida, como com quantos paus se faz uma canoa, se São Jorge mora na Lua e por que cargas d'água Amy Winehouse não toma jeito.

Ganhamos sabedoria com o tempo, isso é inegável, mas, tristeza das tristezas, perdemos coisas essenciais como agilidade, visão, tônus e...É melhor parar por aqui, senão começo a gritar.
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