"Ao infinito e além!"

Depois de quase 15 anos desde o lançamento do filme original, estréia nesta sexta-feira o tão esperado Toy Story 3 de Lee Unkrich, finalmente completando a trilogia.

A gangue toda está presente – com o xerife Woody, Buzz Lightyear, Jessie, Rex, o Porquinho e Sr. e Sra. Cabeça de Batata – e os anos também se passaram para os personagens. O menininho Andy cresceu e está indo para a faculdade, pronto para deixar suas brincadeiras para trás, se importando mais com seu celular do que com tramas de faroeste. O grupo é mandado por acaso para a creche Sunnyside, que acaba tornando-se o inferno dos brinquedos sob o domínio do urso Lotso (Lots of Huggin’), que não os deixa retornar ao seu dono.

Toy Story 3 traz de volta a ingenuidade das animações infantis, o que não impede que adultos gargalhem com as piadas. Numa das cenas mais engraçadas do filme, Buzz Lightyear é resetado e retorna falando espanhol, ironizando assim padrões do cotidiano infantil. Fiel ao original, o roteiro não diverge muito dos dois primeiros da trilogia, não decepcionando os fãs antigos que cresceram com a história e apelando ainda a novos que naquela época nem tinham nascido. Tanto em inglês quanto dublado, as mesmas vozes retornam as bocas dos personagens e até “You’ve Got a Friend in Me” (“Amigo Estou Aqui”), indicada ao Oscar de melhor canção, reaparece. O 3D, no entanto, não faz diferença alguma, tornando-se desnecessário pagar a mais pelo efeito.

A animação é incrivelmente nostálgica, lembrando a todos de suas respectivas infâncias. Com histórias mirabolantes que sempre dão certo e uma criatividade incrível, o filme parece vir da imaginação de uma criança, tornando-o assim simplesmente perfeito.