Em uma tentativa frustrada de criar um filme repleto de grandes emoções, o diretor Roberto Girault apenas reforça a ideia de que as produções mexicanas não conseguem abrir mão do dramalhão. Até mesmo os que poderiam ser grandes momentos de sua obra, perdem o brilho diante de um contexto mal elaborado.
‘O Estudante’, (El Estudiante, 2009) é a história de Chano, um aposentado que decide voltar à faculdade após 30 anos a fim de finalmente obter um diploma. Para isso, ele enfrenta o preconceito e o choque cultural dentro e fora de classe. Como grande inspiração, Chano leva consigo a história de Dom Quixote e utiliza da mesma para tentar ajudar seus amigos.
A trama, que a princípio teria o objetivo de mostrar os problemas de quem tenta entrar na faculdade após certa idade, ou da complicada interação entre gerações, apenas nos empurra a tão ouvida frase: “No meu tempo é que era bom”. O personagem principal se adapta rapidamente aos jovens e se torna um sábio conselheiro. A história passa a ter foco em conflitos adolescentes, muito pouco originais.
A tentativa de criar um filme com algum tom cultural, se aproveitando de uma universidade como plano de fundo e de um protagonista com ideais românticos, quase deu certo. Em meio aos dramas pouco convincentes, pode-se sentir uma boa inserção artística com menções a livros de Victor Hugo, às frases de Miguel de Cervantes e a traços da cultura xicana. Porém, alguns momentos nos quais os personages tentam recitar seus sentimentos, não passam do brega, reforçando um exagero dramático.
Com um roteiro sem surpresas, contraste entre atuações forçadas e fracas e personagens estereotipados, o cinema mexicano perde o que poderia ser a chance de aparecer novamente para o mundo. ‘O Estudante’ procura abordar vários temas e acaba por não conseguir êxito em nenhum. Ainda que o filme sirva para ocupar 1:30h de tempo vago, deixa um sentimento de vazio.
‘O Estudante’, (El Estudiante, 2009) é a história de Chano, um aposentado que decide voltar à faculdade após 30 anos a fim de finalmente obter um diploma. Para isso, ele enfrenta o preconceito e o choque cultural dentro e fora de classe. Como grande inspiração, Chano leva consigo a história de Dom Quixote e utiliza da mesma para tentar ajudar seus amigos.
A trama, que a princípio teria o objetivo de mostrar os problemas de quem tenta entrar na faculdade após certa idade, ou da complicada interação entre gerações, apenas nos empurra a tão ouvida frase: “No meu tempo é que era bom”. O personagem principal se adapta rapidamente aos jovens e se torna um sábio conselheiro. A história passa a ter foco em conflitos adolescentes, muito pouco originais.
A tentativa de criar um filme com algum tom cultural, se aproveitando de uma universidade como plano de fundo e de um protagonista com ideais românticos, quase deu certo. Em meio aos dramas pouco convincentes, pode-se sentir uma boa inserção artística com menções a livros de Victor Hugo, às frases de Miguel de Cervantes e a traços da cultura xicana. Porém, alguns momentos nos quais os personages tentam recitar seus sentimentos, não passam do brega, reforçando um exagero dramático.
Com um roteiro sem surpresas, contraste entre atuações forçadas e fracas e personagens estereotipados, o cinema mexicano perde o que poderia ser a chance de aparecer novamente para o mundo. ‘O Estudante’ procura abordar vários temas e acaba por não conseguir êxito em nenhum. Ainda que o filme sirva para ocupar 1:30h de tempo vago, deixa um sentimento de vazio.
