quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Bundas, Botas e Banderas!


A animação gráfica de “O Gato de Botas” estava muito boa. O único problema disso é que ela não nos deixava ver o elenco incrível que estava atuando no filme. Mas pra quem teve a sorte de estar no Copacabana Palace no dia certo teve a oportunidade de ver o diretor do filme, Chris Miller, os produtores Joe Aguilar e Jeffrey Katzenberg a formosa Salma Hayek e ele, El Desperado, Antonio Banderas. Essa turminha esteve aqui no Brasil para divulgar o filme, junto deles estava um cara vestido como um “Gato de Botas” de pelúcia. A única pergunta que foi feita para ele era se suas botas eram da “Mr. Cat”.


A origem do filme

A dúvida que tinha que se sarar na coletiva era de como surgiu o projeto do filme protagonizado por esse coadjuvante de Shrek. O diretor conta que desde o primeiro dia de gravação de “Shrek 2”, filme que estreou O Gato, Antonio já dizia pra ele “Precisamos ter um filme do gato!” “Agora ele diz: ‘Precisamos ter outro filme do gato!’” brinca o diretor. A motivação para um filme do Gato só aumentou quando o personagem vivido por Banderas foi bem recebido no Festival de Cannes.

Relação com o material original

Como a atriz Salma Hayek conseguiu colocar inteligentemente em uma frase de uma simplicidade quase infantil: “One is a french cat, one is a spanish cat.” A idéia de narrar a fábula original de Charles Perrault chegou a ser contemplada, mas contar esta parecia um tanto forçada. A verdade é que o gato heróico que comeu o monstro transformado em rato não era o Gato de Antônio Banderas. O ator é o principal responsável por dar vida ao personagem, até o humor do personagem consiste no contraste entre o tamanho diminuto do gato e a voz encorpada do ator. Banderas também faz questão de frisar que não se trata de uma continuação de Shrek, e sim um universo paralelo. Para o ator, os quatro primeiros filmes do ogros são tudo um só filme e que “O Gato de Botas” possui novas referências, mais puxadas para Sam Pekimpah e Sérgio Leone.

A experiência de Hayek

Para uma atriz veterana como Salma Hayek, é difícil encontrar novos desafios em sua carreira. Esse foi o caso de “O Gato de Botas” em que, pela primeira vez, a atriz está dublando. Ela confessa que achou difícil a missão de atuar só com a sua voz e não com o corpo. Felizmente a equipe de dublagem filmou os maneirismos e gestos que eles faziam na gravação e tentou incorporá-los na animação. A personagem em questão se trata da ladra Kitty Pata Mansa, que ganhou facilmente a empatia da sua contraparte carnal. O que mais atraiu Salma para a bichana é que ela é feminista. A atriz acredita que esta seja uma mensagem importante para as meninas. Ela também aproveitou para desabafar um segredo: que primeiramente seria Walter Salles que ia dirigir “Frida”, filme que ela produziu. No entanto, como o filme demorou para acontecer, o diretor se envolveu com outros projetos, mas ainda assim Walter acompanhou de perto a produção.

O 3D

É o primeiro filme do diretor Chris Miller na terceira dimensão. Ele acredita que a indústria já teve surpresas boas com essa tecnologia, assim como uma boa dose de surpresas ruins. Afirma que o 3D evoluiu bastante nesses últimos três anos, e acha que a indústria finalmente descobriu que não basta apenas ter um 3D bom. Tem que ter um 3D bom combinado com coisas de qualidade. Em relação ao filme, o diretor afirma que o uso da artimanha confere mais poder aos olhos do Gato.
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