Fim de ano é hora de começar a fazer suas listas. Andei pensando nos melhores discos do ano, é claro, mas ainda não é hora pra isso. Então vamos aos pontos altos e baixos deste ano de 2011.
Primeiro os pontos baixos, é óbvio.
1. Thom Yorke e sua turma lançando o 'estranho' The King Of Limbs. Na época o álbum virou uma polêmica só. Muita gente não acreditou que aquilo era o disco de verdade. Esperava-se uma parte 2, ou uma parte 1… enfim, ficou devendo.
2. Arctic Turner… digo, Arctic Monkeys (ou seria Arctic Helders?) jogou fora o sobretudo sujo de pó de tijolo de fábrica inglesa e comprou uma jaqueta de couro e um Ray-Ban. Deu no que deu, 'Suck It And See' é bom, mas também não impressiona. Soltar esses garotos ingleses no sol da California teve um resultado 'estranho' também.
3. O nosso tão esperado Rock in Rio foi um grande festival, mas faltou o rock fresco, das novas bandas. Faltou a garotada em cima do palco. A galera que foi ao Rock in Rio só pra falar que foi ao Rock in Rio também incomodou.
4. O SWU também não passou muito longe disso também não. O 'sucesso' do festival se deve a nostalgia da edição do ano passado. Teve muita gente que quis um repeteco e comprou sua passagem pra Paulínia.
5. O 'Is This Indie', aquele disco que homenageou os 10 anos do 'Is This It', o primeiro disco do Strokes. A ideia foi interessante, chamar uma galera pra reinventar as músicas, experimentá-las e etc. Mas o resultado foi muito 'estranho' (de novo). As bandas não mandaram bem, esqueceram a alma das músicas em casa, só preservaram a letra e os acordes (se muito). Assim não dá.
Agora chega de falar de coisa ruim, vamos ao pontos altos desse ano.
1. A grande surpresa que foi o álbum do Marcelo Camelo. Depois do álbum 'Sou', que espantou os fãs do Los Hermanos e colocou o artista numa posição delicada, não se esperava muito do novo disco 'Toque Dela'. Ainda bem que estavamos errados e o Camelo veio com um grande disco, talvez um dos melhores do ano. Uma grande surpresa.
2. O Foo Fighters que cresceu num nível absurdo nos últimos anos, chegou a tocar com metade do Led Zeppelin no Wembley Stadium e, quando ninguém mais sabia pra onde essa banda ainda poderia ir, eles deram um tiro na mosca: voltaram para a garagem e fizeram um disco. 'Wasting Light' é, com certeza, um dos melhores do ano. Nota 10 pro Foo Fighters.
3. O Red Hot perdeu um dos maiores músicos de todos os tempos e ainda teve força pra fazer um disco legal. O Josh ficou devendo nos shows, ainda meio tímido na banda mas, como um todo, o Red Hot segue firme nas paradas. Esse é outro disco que marcou 2011.
4. O Black Keys, que acabou de lançar um disco, também surpreendeu. Depois do incrível 'Brothers' do ano passado, ficou uma certa espectativa no ar em relação aos rumos da banda. Ao invés de repetir a dose, eles continuaram se reiventando sem perder suas características mais básicas. 'El Camiño' é um grande disco e bem diferente do último.
5. 2011 foi um ano de muitos shows internacionais no Brasil. Desde o SWU do ano passado, o país vem trazendo bandas incríveis como Rage Against The Machine, The Strokes, Stevie Wonder, Foo Fighters e Kings Of Leon. A tendência é que isso continue, ano que vem já tem o Lollapalooza, com Foo Fighters e Arctic Monkeys. Nota 10.
É isso. Até o final do ano eu trago os melhores discos de 2011 e um texto sobre o incrível Blood Sugar Sex Magik, o album do Red Hot que completa 20 anos.
