
Um pouco de ficção científica, máquinas voadoras fantásticas, uma civilização antiga hiper tecnológica, piratas e vilões malvados. Todos estes clichês estão presentes em Castle in the Sky (Laputa, Japão 1986). O que poderia ser um filme ruim, acaba sendo mais um clássico de animação oriental graças ao diretor: Hayao Miyazaki, o mesmo de A viagem de Chihiro.
Há muito tempo atrás, existiu uma civilização que atingiu um patamar tecnológico altíssimo e domina os céus. Ela era chamada de Laputa. Porém, atualmente não passa de uma lenda contada por poucos que buscam pelo legado de Laputa, uns buscam a riqueza, outros o poder e outros... seus sonhos. Pazu não acredita no que vê: uma garota caindo suavemente dos céus. Ela é Sheeta. Pazu a leva para sua casa e logo descobre que há muitas pessoas atrás dela, desde piratas e até mesmo o governo. Por quê? Nem mesmo ela sabe ao certo, mas tudo parece estar relacionado com uma pedra que ela possui. Pedra esta que vem sendo passada de geração a geração em sua família, e que parece estar diretamente ligada à Laputa.
Este longa metragem não chega a brilhar como os clássicos que vieram depois, como Meu amigo Totoro, e o já citado A viagem de Chihiro. Mesmo assim, vemos que Miyazaki estava refinando a fórmula que o daria status de “Walt Disney oriental”, refletida nos personagens carismáticos, os traços característicos do autor, e uma trama original.
Por falar em trama, vemos que ela é despretensiosa e não atira para todos os lados, ou seja, não coloca comédia “aqui”, drama “ali”, discurso moralista “lá”, etc. Fica parecendo que Miyazaki escreveu uma história que ele gostava, sem a pressão de agradar a todos, o que acaba sendo "saudável" para o longa metragem, pois simplesmente nada parece forçado.
Castle in the Sky é de Miyazaki, e somente por isso já podemos confiar em uma boa produção. Todos os seguimentos são bem explorados, e é um ótimo filme para passar a tarde comendo pipoca. Feito para crianças? Certamente, mas assim como os filmes da Disney, agradam pessoas de todas as idades.