quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Reta Final

Beijing 2008 já se encaminha para seu encerramento. O Brasil faz uma campanha ruim, ocupando apenas o 41° lugar no quadro de medalhas - com uma medalha de ouro e cinco de bronze. Mas essa colocação ainda pode melhorar.


Em busca da medalha Inédita


A seleção feminina de futebol está na final das olimpíadas. De forma espetacular, as brasileiras atropelaram as rivais alemãs - que até então, nunca haviam perdido para o Brasil em jogos oficiais.

O jogo ficou nervoso logo aos nove minutos do primeiro tempo, quando Prinz abriu o placar para a Alemanha. Para piorar a situação, a goleira alemã, Nadine Angerer, estava 180 minutos sem levar gol da equipe brasileira. O primeiro tempo caminhava para o fim e tudo levava a crer que Nadine permaneceria mais 45 minutos mantendo sua "invencibilidade". Mas, aos 43 minutos, Formiga, empatando o jogo, tratou de mudar a história.
O segundo tempo foi para "lavar a alma". Logo aos três minutos, Cristiane virou o placar num contra-ataque. Aos sete minutos, foi a vez de Marta fazer o dela. E aos 30 minutos, o nome do jogo, Cristiane, ampliou e decretou o "banho de água fria" nas rivais.

Foram 223 minutos sem sofrer gol de brasileiras. Em conpensação, após os quatro gols do jogo, ninguém vai lembrar mais dessa "invencibilidade".

Agora, a reedição da última final olímpica está garantida: Brasil X EUA. É a chance de garantir a medalha de ouro inédita para o país no futebol olímpico.


Mais chances de medalhas


No vôlei de praia masculino, travaram duelo as duas duplas brasileiras, em partida válida pelas semi-finais da competição. Os favoritos ao ouro olímpico,Ricardo e Emanuel, foram surpreendidos pela outra dupla, formada por Márcio e Fábio Luiz. Os atuais campeões olímpicos perderam por 2 sets a 0, com parciais de 22-20/21-18, e agora disputarão o bronze contra os georgianos Renatão e Jorge. Márcio e Fábio Luiz, agora, terão pela frente a dupla americana composta por Rogers e Dalhausser.


Devido ao regulamento olímpico, que proíbe duas equipes de mesma nacionalidade se enfrentarem numa final, no mínimo a medalha de prata já estava garantida ao país. Mas o vôlei de praia masculino ainda pode nos proporcionar mais duas medalhas.


Pelo outro lado, no feminino, após perder a partida contra as americanas Walsh e May, a dupla brasileira Renata e Talita disputará contra as chinesas, Xue e Zhang Xi, outro bronze para o país.

Diz a tradição que desde 1996, ano em que o vôlei de praia foi incluído entre os esportes olímpicos, o Brasil sempre sobe ao pódio na modalidade feminina. Renata e Talita tentarão manter a tradição.


Saindo um pouco da areia, a seleção masculina de vôlei olímpico (de quadra) está garantida nas semi-finais da competição. Após bater a China por 3 sets a 0 (parciais de 25-17/25-15/25-16), o Brasil terá como concorrente à vaga na final a seleção italiana. O time de Bernardinho tem grandes chances de conquistar o ouro olímpico.


Decepção


Além da decepção da ginástica artística em Pequim, que não conseguiu medalhas, uma breve ressalva sobre a nossa maior decepção referente ao futebol olímpico. O Brasil foi eliminado pela Argentina com o placar de 3 a 0, gols de Aguero (2) e Riquelme, e agora disputará a medalha de bronze contra a Bélgica.

A questão é: O Brasil tem (tinha) time para disputar a medalha de ouro, isso se jogasse como seleção brasileira. Mas não foi assim. Jogou como time pequeno. Talvez até pela pressão imposta sobre Dunga, que não é técnico de futebol (pelo menos ainda não o é). Se seleção nacional é composta pelos melhores jogadores do país, o mesmo deveria acontecer com o cargo de treinador. A seleção brasileira é o topo, e ninguém começa no topo. Portanto, culpado não é o Dunga, e sim quem o colocou lá.


Mesmo que o futebol masculino traga mais uma medalha de bronze ao país, continuará sendo uma decepção, pois tinha condições do inédito ouro olímpico.
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