Dissidente?

O jornalista, quando assume o compromisso com a sua profissão, assina a responsabilidade com a verdade e o seu leitor. No jornalismo impresso dos jornais, nos telejornais, fica claro o tom objetivo e direto no tratamento da notícia.


Trabalhando com a subjetividade, o jornalismo literário se coloca à prova. É possível trabalhar no ramo de Comunicação, passar informações tão elaboradas de conotações sem interferir completamente na interpretação do público? sem ultrapassar a linha divisória entre a persuasão e a manipulação? Sim. E é esse encantamento, essa sutileza que sustenta esse maravilhoso campo das comunicações.

Também conhecido como literatura de não-ficção, ensaio ou novo jornalismo, para quem sempre achou o tom noticiário seco e insensível, esse (não tão) novo estilo aproxima o fato através do envolvimento emocional. Da clareza dos dados. Da crítica. É complicado, e aposto que muitos conservadores ainda torcem o nariz para esta forma de escrever.

Hoje, marco do nascimento desse estilo que completa 62 anos, deixo meus parabéns a todos os profissionais que emprestaram e ainda emprestam criatividade, profissionalismo e dedicação para sustentarem seus artigos, seus livros, suas colunas e crônicas com responsabilidade e credibilidade.