O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Pequim. Destaque para um duelo à parte nestes últimos dias olímpicos. Os fatos dizem tudo, portanto, vamos a eles:
Queda na grama:

A tão esperada medalha dourada brasileira, inédita no futebol olímpico, continuará inédita, pelo menos, por mais quatro anos.

Mas o que faltou às brasileiras? Preparo físico? As americanas visivelmente sobravam na parte física conforme a partida se aproximava do fim. Talvez tenha faltado sorte? Justificar um resultado dessa maneira apontaria falha na competência. Então, seria o lado psicológico das jogadoras? Segunda final olímpica perdida para o mesmo adversário; o futebol apresentado durante a competição sumiu no jogo derradeiro; jogadoras correndo por todo o campo sem saber dosar sua energia. Enfim, tudo leva a crer que faltou "cabeça".


P.S.: Só para constar, a seleção masculina de futebol conquistou o bronze ao derrotar a Bélgica por 3 a 0.
Na areia também:

Ricardo e Emanuel conquistaram a medalha de prata ao derrotarem a dupla da Geórgia Renatão e Jorge. Mas todas as atenções estavam voltadas para a partida final. A dupla surpresa no vôlei de praia, formada por Fábio e Márcio, encararam os americanos Rogers e Dalhausser.

Num primeiro set bem disputado, os americanos venceram pela diferença mínima de pontos, fechando por 23 a 21. A reação veio no segundo set, jogando muito bem, a vitória dos brasileiros veio por 21 a 17. Porém, no tie-break, a dupla americana atropelou a brasileira, visivelmente nervosa, com parcial de 15 a 4. De novo pesou a "cabeça" na hora decisiva. Mas a medalha de prata é motivo de comemoração para uma dupla que chegou desacreditada a Pequim.

E por último, na quadra:




Demos graças à exceção:
Nesse intenso duelo contra os EUA, na reta final olímpica, pelo menos ganhamos uma disputa. Refiro-me ao vôlei feminino. As brasileiras, que até então nunca haviam chegado numa final de Olimpíadas, trouxeram a medalha de ouro inédita do esporte feminino ao país.
E não podia ser diferente. A campanha de nossas meninas era digna de contemplação para qualquer um. Chegar numa final sem perder um set sequer, já era o suficiente para abalar a "cabeça" das americanas antes da partida. E isso ficou evidente com o atropelamento imediato. Parcial de 25-15 para o Brasil no primeiro set.

As americanas tentaram se impor novamente no quarto set, mas ninguém tirava mais o ouro dessas meninas. As brasileiras fecharam o jogo e o set com a parcial de 25-21, consagrando-se campeãs olímpicas inéditas. Na despedida da levantadora Fofão, ficou gravada em Pequim a excelente campanha proporcionada por Fabi, Paula Pequeno, Mari, Sheilla, Fabiana, Walewska etc. As americanas deveriam comemorar, além da medalha de prata, a façanha de vencerem um set dessa fantástica seleção feminina brasileira.

P.S.: Mas, no duelo à parte, ficou Eua 3 X 1 Brasil.
Centímetro dourado:

Maurren Maggi conquistou um feito histórico. Além de trazer mais uma medalha de ouro inédita para o país, a atleta sagrou-se a primeira brasileira a ser campeã em esportes individuais.
Maurren correu 22 passos e saltou 7,04 metros. Mas, a campeã da última edição olímpica ainda podia estragar a festa. Lebedeva então preparou, correu e saltou. Expectativa enorme no estádio. Veio a confirmação do salto da russa: 7,03 metros.

