sábado, 23 de agosto de 2008

Hamlet? Não senhor.

A gente acha, pensa que sabe, que pode, que pôde, que fez, que sim, foi. O que se vê, afinal, é que o tudo se torna pó. O pó cria asas, voa, vira chuva, o que for. Mixagens de cores, emoções.
Da chuva, parou aí. Sem cor, sem gosto, sem sentimento. Apenas aquela aparência molhada, sem graça, sem sal.

E se for água do mar condensada? Melhor o leite. Nele, encontramos o fel. Aquele lá que anima, afeta, acaba com o marasmo quase que onipresente.



É, não é mole. Não é duro também. E é esse meio-termo que irrita, inquieta. Podia ser um, podia ser outro. Por que ser exatamente o equilíbrio dos dois? Água morna, pra quê? Morra de frio ou de calor, aí é que tá.
Sinta, chore, emocione-se com as expressões mais intensas que possam existir. É isso que vale, é isso que conta, é pra isso que eu estou aqui. Eu vim, tem um motivo. Tem, não tem? Eu sei que todos sabem, eu sei que alguns sabem...

Mas e eu? Eu sei? Não faço parte do todo; devo fazer. De alguma coisa faço parte.


O filme começa.


- Mas é claro que faço, É CLARO. Onde já se viu.

Acabou o doce.
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