Pois é gente, hoje faz 39 anos que teve início o festival mais lembrado de todos os tempos: a Feira de Arte e Música de Woodstock. Depois das fatídicas apresentações de 1969, ocorreram mais quatro "edições" do evento, em 1979, 1989, 1994 e 1999. Ficamos esperando pra saber o que vão fazer no ano que vem, né?
Naqueles três dias de celebrações ripongas, muitos dos grandes ídolos da época tocaram pra uma pequena multidão e também alguns que se tornariam ídolos mais tarde. É bem provável que tenham sido os melhores shows que grandes nomes como The Who, Janis Joplin, Neil Young e Jimi Hendrix fizeram. Aliás, até hoje Hendrix é ovacionado pelo famoso fogo na guitarra, apesar de alguns personagens ilustres que estavam presentes jurarem que o fogo não foi proposital, mas sim acidental. O curioso é que dois dias antes de se apresentar, ele assistiu à apresentação do até então não tão famoso guitarrista mexicano Carlos Santana, e o elogiou bastante dizendo até que Santana era seu ídolo.
E já que estou falando em idolatrias, vou aproveitar pra dizer que discordo com o pensamento de algumas pessoas que dizem que a música não cria mais ídolos verdadeiros. Qualquer um que tenha prestado um mínimo de atenção na música brasileira dos últimos dez anos pode ver que isso é balela. É claro que os tempos previstos pelo pintor-fotógrafo-profeta Andy Wahrol, nos quais todos teriam seus 15 minutos de fama, estão cada vez mais próximos, graças à internet. Essa tecnologia fantástica que permite a divulgação de qualquer besteira instantaneamente para todo o planeta é a grande causa da proliferação descontrolada de bandas de uma música só. O pior é quando a gente torce pra certa música ser a única de alguma banda a tocar nas rádios, e a banda vai resistindo, resistindo, irritando...
O fato é que, pouco antes da rede mundial se tornar tão popular, nós tupiniquins pudemos testemunhar o surgimento dos últimos grandes ídolos da nossa música. Alguém consegue citar qualquer outro artista que tenha acumulado uma legião de fãs incondicionalmente fiéis na mesma velocidade com que o Los Hermanos o fez? Eu acho que não...
Mas isso não é exclusividade nossa. Lá fora artistas como The Strokes, Franz Ferdinand e Amy Winehouse até se aproveitam dos computadores conectados para divulgar seus sucessos e acumularem fãs. No caso da última, ela também tem sua vida devassada e seus escândalos divulgados através da grande rede.
