domingo, 9 de maio de 2010

O Novo Freddy Não Pegou

A refilmagem de “A Hora do Pesadelo” (Nightmare on Elm Street, EUA, 2010) acaba de ganhar as telas brasileiras. Um pouco mais produzido e mantendo a linha trash (nas suas devidas proporções), o que se pode esperar desse novo Freddy Krueger do diretor Samuel Bayer?

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Um grupo de adolescentes começa a dividir uma estranha ligação: quando adormecem, entram em contato com um mundo onde recebem a visita de um assassino desfigurado que tem como objetivo mata-los. Quando estão acordados, tentam entender o porquê dessa estranha perseguição.

Tentando trazer mais horror, a nova produção tenta construir algo mais assustador durante a passagem da realidade para o mundo dos sonhos mas escorrega claramente nos clichês modernos. O filme está livre de sustos uma vez que introduz o espectador através da música que sobe, da respiração que se altera, da luz que se apaga… Todos os elementos são utilizados incessantemente e o resultado é cansativo e previsível.

A hora do pesadelo 2010

A descontinuidade chega a dar um tom engraçado em um conjunto que deixa transbordar dinheiro em sua elaboração. Outros pontos de incômodo são as transposições para a o século XXI com a introdução de Google, celular, Youtube que terminam de quebrar toda a essência original do filme; além disso, perde-se a transparência da construção original na qual a passagem realidade-sonho era feita sutilmente. Os adoradores de Freddy percebem neste remake muito pouco do ar inocente da originalidade da história.

Nos seus longos e intermináveis 95 minutos o assassino que antes tinha um jeito sarcástico e cômico, agora força o estilo assustador. Com atuações que beira a mediocridade, com a mocinha que chora o tempo todo, o boyzinho atordoado, entre outros, não há muito o que tirar de proveitoso desta reconstituição que decepcionou até Wes Craven, idealizador do original de 1984.


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