segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quando a Perturbação se Materializa


Atendendo a pedidos, trago hoje Oldboy (Coréia do Sul, 2003), um longa metragem de grande sucesso internacional e bastante conhecido aqui no ocidente. Misturando com grande inteligência um suspense hitchcockiano e a violência de Tarantino, este longa metragem é mais uma fantástica produção da Coréia do Sul.

1988. Oh Dae-su (Choi Min-sik) é um homem comum, bem casado e pai de uma garota de 3 anos, que é levado a uma delegacia por estar alcoolizado. Ao sair ele liga para casa de uma cabine telefônica e logo em seguida desaparece, dexando como pista apenas o presente de aniversário que havia comprado para a filha. Pouco depois ele percebe estar em uma estranha prisão, que na verdade é um quarto de hotel onde há apenas uma TV ligada, no qual recebe pouca comida na porta e respira um gás que o faz dormir diariamente. Através do noticiário da TV ele descobre que é o principal suspeito do assassinato brutal de sua esposa, o que faz com que tente o suicídio. Sem obter sucesso, ele passa a se adaptar à escuridão de seu quarto e a preparar seu corpo e sua mente para sobreviver à pena que está sendo obrigado a cumprir sem saber o porquê.

Muitos sabem que o filme é o segundo da “trilogía da vingança”, mas não que ele é baseado num mangá homônimo japonês, que curiosamente é menos violento e perturbador que a versão cinematográfica. Aliás, este longa metragem passaria facilmente como aqueles “típicos da sessão da tarde” feitos exclusivamente para entretenimento, mas há mensagens e filosofias de vida interessantes a ser apontada.

O diretor Park Chan-Wook buscava intensidade em cada uma de suas cenas para mostrar os efeitos das perturbações mentais que angustiavam Oh Dae-Su. Então você verá cenas de dentes sendo extraídos com as garras de martelo, polvo sendo comido vivo, e várias outras loucuras de Dae-Su sendo materializadas.

Oldboy é um clássico do cinema sul coreano. Além da parte técnica ser fantástica em todos os segmentos, é incrível como o roteiro é bem escrito, com todas as cenas e até todas as frases serem fundamentais para a compreensão e o ritmo da trama. Este filme é intenso, perturbador, violento, e traz questões para se pensar. Se você ainda não assistiu, o que está esperando?

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