quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tempus Fugit

O que seria do mundo capitalista sem o dinheiro? O que o homem usaria para pagamentos sem a existência de uma moeda? Seu bem mais valioso, é claro, o tempo. Imagine se, aos 25 anos, seu corpo congelasse e um relógio aparecesse em seu braço, dizendo quantos segundos, minutos, horas, dias, décadas e séculos você tem de vida. E não é só isso, a passagem de ônibus custa duas horas de vida, um carro custa 56 anos, você paga com tempo. É nesse mundo que se passa O Preço de Amanhã ("In Time", EUA, 2011), de Andrew Niccol.


Will Salas (Justin Timberlake) é um garoto do gueto e lá se vive dia a dia, nunca com mais de trinta horas no relógio. Então surge Henry Hamilton (Matt Bomer), um riquinho com mais de um século no relógio e um anseio por confusão. Quando Will o salva, Henry dá todo o seu tempo para ele, mudando sua vida e tornando-o em um procurado pelo agente do tempo Raymond Leon (Cillian Murphy). Will agora está apostando com os grandes magnatas do tempo e é assim que ele conhece Sylvia Weis (Amanda Seyfried) e juntos eles decidem desafiar o sistema.


Sociedade futurista, bom elenco, ótima premissa = bom filme não é? Nem sempre. O roteiro é fraco e previsível e no meio torna-se uma mistura de "Bonnie & Clyde"com "Robin Hood". Com figurino e direção de arte excelentes, boas sequências de ação, um elenco que ainda inclui Olivia Wilde, Alex Pettyfer e Johnny Galecki (o Leonard de "Big Bang Theory"!), o longa tinha tudo para dar certo, mas decepcionou.


Vale como filme de ação? Talvez. Vale como ficção científica? Não, nem chega aos pés de filmes como "Equilibrium" e "Matrix". Esse admirável mundo novo criado pelo diretor/roteirista Andrew Niccol deixa ainda muito a desejar, mas não é uma perda de tempo.


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