sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sessão da Tarde Com Toques de Genialidade

Texto escrito por NATÁLIA PIRULITA BITTENCOURT e publicado dentro da sessão “Colunista Convidado”.

Gus Van Sant já retratou a adolescência diversas vezes, mas sempre com uma visão adulta e até extremamente real da, na minha opinião, pior fase da vida do ser humano. Nesta sua última empreitada jovem ele não foi tão bem sucedido.



A historia de Annabel e Enoch é repleta de clichês indie atuais, ele gosta de freqüentar funerais e age de forma bastante esquisita. Ela é uma naturalista que prefere ler sobre pássaros do que ler um romance. Nada mais justo que eles se conheçam num funeral e se tornem melhores amigos que por fim vão se apaixonar. Sim porque a moda agora é gente estranha se encontrar e resolver todos seus problemas enquanto novos são criados. Tudo isso pode até ter sua beleza, mas eu já estou cansada desses amores superficiais repetitivos adolescentes com montagens de felicidade irritantes (aquelas quando um casal se forma e aparecem diversos momentos dos dois andando de bicicleta, brincando de alguma coisa, rindo e por ai vai, tudo isso com uma musica bonitinha ao fundo).


Alguns detalhes do filme me empolgaram deverás como a historia do pássaro que todo dia acha que vai morrer quando o sol se pôr e todo dia quando não morre canta de forma a agradecer por estar vivo. E a cena em que eles ensaiam uma cena teatral é belíssima. Mas devo confessar duas coisas: se o filme tivesse sido dirigido por outra pessoa eu provavelmente não acharia tão fraco, e acho que estou um pouco amarga quanto a quesitos adolescentes padrão.

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