Dono da marca de 100 milhões de exemplares vendidos, Paulo Coelho é um dos nomes brasileiros mais ouvidos no exterior. Atualmente, contrariando as expectativas de que “O Alquimista” seria o primeiro livro do autor a ir para as telas, está nos cinemas a adaptação de “Veronika Decide Morrer”, obra de 1998. Mantendo o título original, a diretora não muito conhecida Emily Young trata o tom típico "paulocoelhiano" com leveza, mas não consegue fugir muito da pieguice da história carregada de mensagens de auto-ajuda.
Sarah Michelle Gellar (Buffy, Segundas Intenções) interpreta a personagem principal, uma mulher jovem e bem sucedida que, desencantada e entediada com o que sua vida ainda poderia lhe trazer, ao som de Radiohead em seu apartamento em Nova York, resolve se suicidar com uma enorme quantidade de tranquilizantes e uma boa dose de whisky. Contrariando seu plano, sobrevive e acorda em uma instituição psiquiátrica onde recebe a notícia de que, apesar de não ter conseguido se matar, seu coração havia sofrido demais: Tinha pouco tempo para viver.
Em sua temporada na clínica descobre que ainda há tempo de ser feliz, encara seus pais pela primeira vez após o ocorrido, se apaixona e tem um insight sobre “carpe diem”, uma das ideias centrais. Veronika Decide Morrer (Veronika Decides To Die, EUA, 2009) parece não fazer muito mais do que sua obrigação, trazendo a mensagem do amor que supera tudo, a vida valendo à pena…
O filme não surpreende nem emociona e não transparece nada além do amontoado de psicologia comportamental da narrativa original. No fim, uma carta em off e um final feliz como plano de fundo enjoam e corroboram o que a trama desenvolve desde o início, a chatice e a previsibilidade de um pseudo conto de fadas para adultos, diretamente do mago para o cinema.

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