Luc Besson está de volta! Ah, não sabe quem é? Produtor, diretor e roteirista francês, responsável, entre outras coisas, pelas franquias Carga Explosiva, Táxi e 13º Distrito. Mais uma vez ele nos traz um quase-típico filme americano de ação. Quase, porque o toque francês faz toda a diferença (apesar de não mudar a parte do final extremamente previsível). Só que agora quem corre o filme inteiro é o cinquentão John Travolta (Grease), amparado pelo galã irlandês Jonathan Rhys Meyers (de Match Point), e o filme ganhou a péssima tradução “Dupla Implacável”.
From Paris With Love (o belo título original) mostra dois dias na vida, até então pacata, do agente James Reece (Rhys), que trabalha infiltrado como assessor do Embaixador Americano em Paris. Tudo vai bem na vidinha em casal que ele leva com a belíssima Caroline (Kasia Smutniak, de Caos Calmo) até ele receber a ordem de “resgatar” da alfândega o super-agente-especial Charlie Wax (Travolta).
Wax usa a ambição profissional de Reese para convencê-lo a se meter em uma frenética corrida pelas ruas de Paris para desmontar toda uma rede de narcotráfico. Logo depois, diz que não se trata de drogas, mas sim de terrorismo, e mais pra frente começa a falar em terroristas infiltrados, etc, etc, etc… Nesse ponto, nós já nos esforçamos para acreditar em todas essas coisas, o que faria o filme ter um final levemente surpreendente (já que quando chegamos aí já temos certeza daquele final que havíamos desconfiado logo nos primeiros minutos).
Finalmente, contatamos: foi só mais um filme americano de ação. Ainda bem que tinha o toque francês. Paris é suficientemente sedutora pra que permitamos ser carregados durante 90 minutos pela trama mais repetida na história recente do cinema industrial. E eu, particularmente, adorei o vaso.
