No próximo dia 30 chega aos cinemas nacionais o novo filme de Woody Allen, finalmente. “Tudo Pode Dar Certo” marca o retorno do diretor à sua mais fiel e constante musa. Não se trata de Scarlett Johansson, que dessa vez foi “trocada” por Evan Rachel Wood (é, aquela que namora o Marilyn Manson), mas sim de sua amada New York. É claramente perceptível o quanto ele se sente confortável com o retorno.

Whatever Works (título original) é uma espécie de metafilme que acompanha de perto 2 anos na vida do pretencioso Boris Yellnikoff (Larry David), um velho rabugento que vê sua vida cheia de manias ser sacudida pela chegada da jovem Melody Celestine (Evan Rachel Wood). Boris é um elitista que considera seu intelecto superior ao de todos à sua volta,e de certa forma prova sua tese de que é o “único que tem a visão total”, já que só ele é capaz de “enxergar” a plateia que o assiste, em um curioso jogo de interação com a câmera.

Não é só a temática novaiorquina que é resgatada por Woody Allen nesse novo trabalho. Ele também recupera aquele famoso humor sarcástico, que muita gente detesta e mais gente ainda ama, e salpica críticas e deboches em cada cena e cada personagem. Talvez ele simplesmente tenha se cansado do drama e tenha decidido voltar a uma fórmula que já fez muito sucesso no passado, ou talvez esteja apenas usando Boris para mandar um recado.

Talvez se façam especulações demais sobre novos trabalhos de diretores consagrados. O que realmente interessa é que, mais uma vez, Woody e sua big apple nos proporcionam uma boa diversão e, como era de se esperar, conduzida com maestria. Não nego que ele já tenha feito filmes melhores, mas também não tenho dúvidas de que já fez piores. Só espero que na próxima vez em que falarmos sobre ele, realmente seja de um filme rodado em terras brasileiras...

O filme terá sessões de pré-estreias a partir de 21 de abril.