
Que os japoneses não têm medo de ser bizarro quando se trata em fantasias de super heróis, todo mundo sabe. O objetivo é realmente ser caricato e fantasioso, diferente do cinema ocidental que não mede esforços para trazer as fantasias o mais próximo da realidade possível. Yatterman (Japão 2009) é mais um desses filmes, baseado num anime muito famoso por lá nos anos 70. Focado na comédia, todas as cenas são previsíveis, e diverte justamente por ser assim.
Yatterman (Sakurai Sho) tem que reunir 4 fragmentos de uma misteriosa pedra e destruí-los imediatamente, caso contrário tudo sumirá. Diz a lenda que a pedra dá grandes poderes a quem a possui, por isso um grupo de vilões, a gang Doronbo, está atrás dos pedaços da pedra sob as ordens de Dokurobei. Fora isso Yatterman ainda tem de proteger Shoko (Fukuda Saki), a filha de um arqueologista que detém um dos fragmentos.
É visível que os próprios atores se divertiram na gravação das cenas, com alguns sorrisos e risadas bastante naturais. Os efeitos são bem cartunescos, as batalhas são engraçadas, e as cores do filme são propositalmente fortes para combinar com o clima alegre e descontraído do longa.
Há um esforço para que toda a parte técnica seja bem produzida, excetuando as fantasias dos personagens. A edição é ágil, as músicas combinam com as cenas, e os atores são competentes. O destaque vai para a atriz Fukuda Saki, famosa pela série Life, convencendo com seu talento e incrível beleza.
Não há muito o que dizer sobre Yatterman, é aquele filme de super herói contra vilões com uma história bem clichê e previsível. Feito para homenagear os fãs da série original que infelizmente não chegou ao Brasil, o longa é indicado para todos que amam este tipo de história, e principalmente para assistir com seu filho ou primo pequeno.