Quando te dizem que pelo menos um cara conseguiu enganar o Diabo você acaba ficando, no mínimo, intrigado. Não, não estou falando de John Constantine. Muito antes dele, Fausto (“Faust” Russia,2011) já tinha repetido o feito. O filme alemão pretende não só contar como ele fez isso, mas também dar vida ao texto de Goethe. Mas para fazer isso, ele acaba assinando os pactos errados.
Talvez porque o filme queira dividir a pátria com o autor, ele se caminha para ser o mais fiel possível ao texto original. Embora isso não fique explícito, a forma como a narrativa tropeça na linguagem torna essa uma falha indiscreta. Os arroubos do romantismo alemão não ficaram tão bem no cinema e, fatalmente, culminou num filme chato.
A outra forma que o filme encontrou para dar vida ao texto de Goethe foi através da estética: de longe o ponto alto do filme e o que mais consegue nos aproximar daquele período histórico. Ele também é o que torna Fausto menos acessível. O filme investe pesadamente no grotesco e, pra piorar, faz isso desnessecariamente. Questão de gosto... mas incomoda. A fotografia é bonita, sem impressionar. No final, o que deveria ser o ponto forte do filme não tem força suficiente para fazer a experiência valer a pena.
Fausto é a prova de que alguns pactos não deveriam ser feitos. Pior do que ser um filme esquecível, é um filme esquecível que ainda faz questão de deixar um gosto ruim na boca. Você vai sar do cinema querendo não ter assistido isso e gostando um pouco menos de viver.
Talvez porque o filme queira dividir a pátria com o autor, ele se caminha para ser o mais fiel possível ao texto original. Embora isso não fique explícito, a forma como a narrativa tropeça na linguagem torna essa uma falha indiscreta. Os arroubos do romantismo alemão não ficaram tão bem no cinema e, fatalmente, culminou num filme chato.
A outra forma que o filme encontrou para dar vida ao texto de Goethe foi através da estética: de longe o ponto alto do filme e o que mais consegue nos aproximar daquele período histórico. Ele também é o que torna Fausto menos acessível. O filme investe pesadamente no grotesco e, pra piorar, faz isso desnessecariamente. Questão de gosto... mas incomoda. A fotografia é bonita, sem impressionar. No final, o que deveria ser o ponto forte do filme não tem força suficiente para fazer a experiência valer a pena.
Fausto é a prova de que alguns pactos não deveriam ser feitos. Pior do que ser um filme esquecível, é um filme esquecível que ainda faz questão de deixar um gosto ruim na boca. Você vai sar do cinema querendo não ter assistido isso e gostando um pouco menos de viver.
