Melodicamente Iluminado

Como já disse J. Lanes na semana passada, fomos convidados para a sessão de imprensa do filme "Era Uma Vez...", de Breno Silveira. Muito obrigado à Brazucah pela oportunidade. Vou falar um pouco sobre as impressões que tive com o filme, principalmente no que diz respeito à imagem e à trilha sonora.

A paisagem de Ipanema vista do Cantagalo

Aliás, que imagem. No começo é fácil pensar coisas do tipo "nossa, que lugar lindo" ou "que imagem bonita", pois a paisagem de Ipanema é, definitivamente, a mais bonita do Planeta. Isso causa uma falsa impressão de que a beleza natural é a única causa das boas imagens que o filme exibe. Felizmente, com o aumento de cenas internas e noturnas fica evidente que o mérito é sim dos fotógrafos Dudu Miranda e Paulo Souza. O excelente trabalho feito pelos dois é coisa rara, não só no cinema brasileiro mas em todo o mundo. Ok, talvez não na França...

Nina e Dé no "varandão"

O posicionamento eficiente e a escolha das lâmpadas certas criou uma imagem naturas, sem excessos de luminosidade nem de sombras, o que é muito difícil em cenas noturnas e deve ser ainda mais difícil em locações restritas, como foi o caso do filme. Todas as cenas de "Era Uma Vez..." foram feitas em locações, ou seja, o que se passa no morro foi filmado no morro, o que se passa na praia foi filmado na praia, e assim vai. Já é um bom motivo para assistir à emocionante história de Dé e Nina. E ainda nem falei da música.

Luzes e sombras, cada uma em seu lugar.

A direção musical ficou a cargo de Berna Ceppas, que toca na Orquestra Imperial. Além dele, participaram Wilson das Neves, Felipe Pinaud, Mart'nália, Luis Melodia, Marisa Monte e outros. Geralmente a melhor música dos filme toca enquanto os créditos sobem. Nesse caso tenho minhas dúvidas.

Momento romântico no baile funk

Logo na abertura, a interpretação marcante de Mart'nália, que canta Vide Gal, do Calinhos Brown, faz o espectador ir se preparando para emoções fortes. Não adianta ser moderado aqui: ela dá um show. Duranto o desenrolar da história, as músicas foram sempre aparecendo na hora certa, como se fosse realmente parte do ambiente e não coisa de estúdio. E, pra encerrar, tam também o sambinha Minha Rainha, sugestão de marisa monte para a trilha sonora. Sugestão perfeita. Essas músicas que citei, combinadas com músicas de Claudinho e Buchecha, Arnaldo Antunes e com as canções originais do filme poderiam criar uma mistura, no mínimo, inusitada. Quero deixar claro que ficou perfeito.

Assistam, emocionem-se e fiquem até o final dos créditos. Não vai cansar não. E depois comentem aqui o que acharam.

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