Ao entrar no cinema me deparei com alguns pôsters e me perguntei: Os Jogos Mortais vão ser um tipo de esporte das Olimpíadas? Que novo mutante vai entrar no X-Men? Homem-Aranha vai ficar com Mary Jane? Os irmãos de Nárnia vão continuar no armário? Tem mais um filme do Star Wars? Que raio de múmia é essa que vive ressucitando? Logo lembrei do esquema Hollywoodiano de franquias intermináveis.
Sabe aqueles filmes que arrecadam milhões nas bilheterias? São eles os ganhadores de intermináveis continuações, já que o papel essencial dos produtores é avaliar o lucro de seu investimento, e a preocupação sempre é maior nos filmes pipoca.
Para as grandes produtoras de Hollywood, o que convêm é sempre bilheteria, não a arte. O uso do cinema como somente diversão. Gosto muito que exista filmes desse gênero, nem sempre há paciência para assistir um tipo Volver ou Os Sonhadores, entretanto a continuação é algo tremendamente sem lógica. Os atores começam a criar pés-de-galinha, mas ainda combatem as mil e uma Múmias, os dois milhões de clones ou lutando junto a um leão digital.
O cinema não serve somente para dar lucro. Não foi com esse fim que foi criado, ou melhor, descoberto. Ele foi visto como entertenimento, educar e até mesmo alienar (nas épocas de guerra). Contudo tem alienado mais ainda com produções que invés de entreter e deixar o espectador com um gosto de quero mais e não um: "Ah! Já sei que vai ter continuação". Convenhamos, até a História Sem Fim, teve fim em sua época!
PS: Harry Potter e High School Musical não se encaixam no post acima, porque o primeiro termina no 8º filme, e o segundo, porque um dia o colegial acaba.
[N.E. O sétimo e último livro da série Harry Potter será dividido em duas partes na versão cinematográfica. Segundo os produtores isso será feito não para gerar mais lucro, já que serão filmadas simultâneamente como um só filme e separadas durante a edição, mas sim para preservar os detalhes literários e evitar perdas durante a adaptação.]
