sexta-feira, 11 de julho de 2008

Da Vieira Souto Ao Cantagalo



Foi com imenso prazer que nós do blog comparecemos à sessão exclusiva da exibição do mais novo filme de Breno Siveira "Era Uma Vez...", diretor do grande sucesso de bilheteria "Dois Filhos de Francisco". Logo após, uma reunião com debate e perguntas com o próprio diretor foi feita, sem jornalistas, apenas com blogueiros. Gostaríamos de agradecer a oportunidade que a Brazucah nos deu de participar e poder opinar, em primeira mão, a respeito do filme.

O diretor, Breno Silveira.

Breno Silveira comentou: "tento evitar maniqueísmos". Vendo o filme, com apenas a primeira impressão da sinopse eu pensei: "é ruim, hein". Só que, quando as luzes se acenderam, eu percebi que ele tinha conseguido sim, de uma forma suave e inocente, trabalhar com todos os extremos da realidade do Rio de Janeiro. A história da menina rica que se apaixona pelo menino pobre, ganha força com a manipulação dos dois ambientes de maior contraste atualmente, o asfalto e a favela (os quais foram brilhantemente fotografados.)

Vitória Frate e Thiago Martins

Estrelado pelo jovem ator Thiago Martins (Dé), integrante do grupo "Nós do Morro", e um rostinho novo, Vitória Frate (Nina), a história se desenrola com base em clichês. A idéia era o filme estrear há muito mais tempo, já que o roteiro, de Patrícia Andrade, tem cerca de 10 anos. Com isso, um pouco do impacto e da reflexão foram perdidos, deixando uma leve impressão de "já vi isso antes". Por isso, vá ao cinema com a mente aberta.

Cyria Coentro

Pouco maquiados, reais, expressivos. Os atores secundários, com excessão de Rocco Pitanga (interpretando Carlão, irmão de Dé) e Paulo Cesar Gande (perfeita atuação do pai de Nina), são desconhecidos. Em meio a esses rostos, quem merece o meu destaque é Cyria Coentro (Bernadete), que interpreta magistralmente a figura mais fiel, intensa e comovente de uma mãe que luta contra todas as adversidades para não perder os filhos para o tráfico.

O grande diferencial está na emoção. Quebrando os paradigmas, não é só uma história de amor. Aliás, ouso dizer que a evolução dos outros personagens ganhou um destaque imprevisível. Há uma visão multilateral que faz o espectador não tomar partido em nenhuma ocasião, o que foi a maior preocupação do diretor. Aparadas as arestas, fica o meu conselho: Assim que estrear não percam tempo... Assistam e depois venham aqui me contar.



[NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR DA NOSSA PROMOÇÃO
PARA CONCORRER A UM PAR DE CONVITES DO FILME.
CLIQUE
AQUI PRA SABER MAIS.]
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...