quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Gênio...

Em 1880, Thomas Edison inventou a lâmpada elétrica, também chamada de incandescente, responsável por transformar energia elétrica em energias luminosas e térmicas. A partir dessa invenção, criaram-se outros modelos, como as photofloods, as fluorescentes, as de arco voltaico, as de descarga, as de lava e (por que não?) as lâmpadas mágicas dos quadrinhos, cujo interior sempre comportava um gênio. Mal sabia Thomas Edison que ele detinha a capacidade de inspirar a “criação” de gênios.


Completa hoje 68 anos o maior ídolo do futebol brasileiro, Edison Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé. Nascido em Três Corações, cidade localizada ao sul de Minas Gerais, o garoto recebeu de seu pai o nome Edison, em homenagem ao inventor da lâmpada elétrica, e tornou-se o “gênio da bola”.



Mas, o que ainda faltaria dizer sobre esse jogador? Existem livros, filmes, matérias de jornal etc, que retratam toda sua vida profissional. Nesse sentido, pode-se afirmar que tudo já foi dito. Embora, ainda há aquela velha pergunta clichê: Quem foi melhor, Pelé ou Maradona (ou até mesmo o Biro-Biro, agora que está na moda)? O objetivo deste post não é responder essa pergunta, até porque não cabe à minha pessoa fazê-lo, e sim escrever sobre o melhor futebolista brasileiro, sem nunca tê-lo visto jogar.

Para muitos brasileiros na atualidade, não ter contemplado Pelé em campo é algo comum. Não estou falando de vídeos avulsos, pois, nessa mídia, ser um craque na edição significa ser também no futebol. Refiro-me ao fator “ao vivo e à cores”. Deste modo, não me compete descrever cenas, e sim expor os fatos:



Pelé iniciou sua carreira no Santos FC, em 1956. Aos 17 anos, foi convocado para sua primeira Copa do Mundo, em 1958. Ao todo, foram quatro campeonatos mundiais, e três títulos conquistados (1958, 1962 e 1970). Conseguiu também vencer por duas vezes, nos mesmos anos, tanto a Copa Intercontinental quanto a Taça Libertadores da América (1962 e 1963). Em 1968, levantou as taças da Recopa Sul-Americana e da Recopa Mundial. Foi campeão da Taça Brasil em cinco oportunidades consecutivas, entre 1961 a 1965, entre outros títulos.

Despediu-se dos gramados aos 29 anos, no dia 18 de julho de 1971, no Maracanã. Mesmo palco em que marcou seu milésimo gol. Em 1375 partidas disputadas, atingiu a marca de 1284 gols, tornando-se o maior artilheiro do futebol profissional. Com a camisa amarela, foram 115 jogos e 95 gols, alcançando a marca de maior artilheiro da história da seleção brasileira. Também foi o jogador mais jovem a conquistar uma Copa do Mundo, com 17 anos. Além de tudo isso, foi eleito pela FIFA, no ano 2000, como o melhor jogador do século.


Como diz a sabedoria popular, “os fatos não mentem”. E por intermédio deles, mesmo quem nunca contemplou Pelé nos gramados, é capaz de reconhecer sua genialidade. De um gênio cujo nome foi inspirado em outro: Do “gênio da lâmpada” para o “gênio da bola”.

[N.E.: Sir Pelé é um dos poucos brasileiros que receberam o título de Cavaleiro do Império Britânico, KBE]
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