CAROLINA AVENA
Relacionamentos são complicados, isto não é novidade. O que fez a diferença no drama de Derek Cianfrance foi juntar duas realidades completamente diferentes de um mesmo casal, fazendo com que passado e presente, conectados, se distanciem cada vez mais.
O contraste entre esses dois momentos fica claro: o passado é cheio de vida, cores, transmite a sensação de apaixonar-se perdidamente; já o presente é ácido, com cores mais fechadas, transmitindo ausência de esperança, tédio e frustração. E, para acentuar essa divergência de sensações, Cianfrance investiu em uma dupla de peso para criar os protagonistas de Namorados Para Sempre (Blue Valentine, EUA, 2010).
Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams) são, simplesmente, um casal que perdeu a afinidade. Cindy vive infeliz com o comodismo do marido e frustrada, pois teve de largar a faculdade de medicina quando descobriu estar grávida de sua filha, Frankie (Faith Wladyka). Já Dean é um dono de casa que, de acordo com sua esposa, não soube investir em sua carreira como artista.
Ao perceber que seu casamento está em crise, ele convida Cindy para passar uma noite no motel. Relutante, ela aceita. Durante todo o filme, principalmente enquanto eles estão no quarto, flashblacks nos levam ao passado do casal: cenas de amor e de sexo, que demonstram a cumplicidade e afinidade que eles tinham, porém que, com o tempo, se perdeu.
Um dos detalhes mais notáveis do filme é a verossimilhança. Durante toda a trama temos a impressão de estarmos presenciando o desandar de um relacionamento de verdade. As brigas são muito intensas: ambos falam e gritam ao mesmo tempo, ficam períodos longos sem falar, usam ironias, exatamente como em uma briga real. A atuação e a interação entre Ryan Gosling e Michelle Williams são fantásticas.Porém, ao final, nenhum dos dois consegue salvar o casamento e ambos desistem, deixando, do passado, apenas as lembranças.
Para os amantes de um happy endding a la contos de fadas ou para quem quer curtir um dia dos namorados mais otimista, melhor escolherem outro filme, pois Namorados Para Sempre (Blue Valentine) é um balde de água fria.
O contraste entre esses dois momentos fica claro: o passado é cheio de vida, cores, transmite a sensação de apaixonar-se perdidamente; já o presente é ácido, com cores mais fechadas, transmitindo ausência de esperança, tédio e frustração. E, para acentuar essa divergência de sensações, Cianfrance investiu em uma dupla de peso para criar os protagonistas de Namorados Para Sempre (Blue Valentine, EUA, 2010).
Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams) são, simplesmente, um casal que perdeu a afinidade. Cindy vive infeliz com o comodismo do marido e frustrada, pois teve de largar a faculdade de medicina quando descobriu estar grávida de sua filha, Frankie (Faith Wladyka). Já Dean é um dono de casa que, de acordo com sua esposa, não soube investir em sua carreira como artista.
Ao perceber que seu casamento está em crise, ele convida Cindy para passar uma noite no motel. Relutante, ela aceita. Durante todo o filme, principalmente enquanto eles estão no quarto, flashblacks nos levam ao passado do casal: cenas de amor e de sexo, que demonstram a cumplicidade e afinidade que eles tinham, porém que, com o tempo, se perdeu.
Um dos detalhes mais notáveis do filme é a verossimilhança. Durante toda a trama temos a impressão de estarmos presenciando o desandar de um relacionamento de verdade. As brigas são muito intensas: ambos falam e gritam ao mesmo tempo, ficam períodos longos sem falar, usam ironias, exatamente como em uma briga real. A atuação e a interação entre Ryan Gosling e Michelle Williams são fantásticas.Porém, ao final, nenhum dos dois consegue salvar o casamento e ambos desistem, deixando, do passado, apenas as lembranças.
Para os amantes de um happy endding a la contos de fadas ou para quem quer curtir um dia dos namorados mais otimista, melhor escolherem outro filme, pois Namorados Para Sempre (Blue Valentine) é um balde de água fria.
