quinta-feira, 30 de junho de 2011

Confusão Gelada A Domicílio

O que você faria se recebesse de herança do seu falecido pai ausente um caixote cheio de pinguins? Kim Carey bem que tentou se livrar deles, mas acabou adotando os bichinhos em seu novo filme, Os Pinguins do Papai ("Mr. Popper's Penguins", EUA, 2011). Uma comédia leve e simpática que promete agradar à toda a família.



Tom Popper (Carey) é um negociador de sucesso que, por conta da carreira, acabou dando menos atenção do que devia à família. Sua última "tarefa" antes de se tornar sócio da empresa de investimentos onde trabalha é comprar um restaurante que vem a ser a única propriedade privada nos limites do Central Park, em Nova York, portanto extremamente valioso. No entanto, a dona, uma idosa cuja família administra o local há várias gerações, se recusa a vender para qualquer um que não consiga provar que tem um excelente caráter e respeito pelos valores familiares.


Ao longo de suas tentativas fracassadas para provar ser quem não é, Popper volta a se aproximar dos seus filhos , que se apaixonaram pelos pinguins herdados. Ao perceber o quanto sua família significa para sua vida, desiste de se livrar dos pinguins e passa a lutar para salvá-los e para reconquistar a ex-esposa e se torna, de fato, o homem que ele precisa ser.


Com uma narrativa extremamente bem estruturada e piadas que divertem sem apelar para o pastelão, o filme se permite ser bastante engraçado sem a necessidade de exageros nas famosas caras e bocas de Jim Carey, que está bem contido. Não chega a ser a comédia do ano, mas arranca gargalhadas suficientes para valerem o ingresso e a inevitável "moral da história" fica evidente de forma natural, sem parecer ter sido enfiada à força num final feliz incoerente.

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