terça-feira, 19 de julho de 2011

FILOSOFILMES: O Lado Bom Do Vilão

No último dia 12, a coluna “FilosoFilmes” comemorou o primeiro ano de existência. Como a semana foi dedicada aos longas de Harry Potter, a resenha precisou ser transferida para hoje. Para um dia especial, pensei num filme tão especial quanto, por isso trago a vocês “O Último Rei da Escócia”. Misturando ficção com realidade, e com a interpretação fantástica de Forest Whitaker, estamos diante de um clássico.

O recém-formado médico escocês Nicholas Garrigan (James Macvoy) parte para Uganda onde pretende exercer sua profissão. Nicholas chega num momento conturbado no país, já que o governo de Milton Obote foi derrubado. O novo presidente é Idi Amin Dada (Forest Whitaker) que, ao assumir, promete para a população a construção de escolas, estradas e outros serviços de infra-estrutura. O caminho de Nicholas e Idi Amin se cruza quando o presidente necessita de um atendimento médico, e a postura do jovem ao atendê-lo encanta o presidente, que acaba por convidar Nicholas para ser seu médico pessoal e trabalhar em um hospital de Kampala (Capital de Uganda). Encantado com a possibilidade de ajudar a melhorar Uganda, o rapaz aceita a oferta.

O filme foi baseado no romance homônimo de Giles Foden. Apesar do personagem “Nicholas Garrigan” ser ficcional, sua história é baseada na história do inglês Bob Astles, que se tornou o chefe da esquadra anticorrupção e conselheiro de Amin Dada. Já o título vem de uma coletiva de imprensa onde o ditador se declarou o “Rei da Escócia”, gerando muita polêmica.

Apesar da história fantástica, o destaque é o desempenho de Forest Whitaker, que merecidamente ganhou diversos prêmios incluindo o oscar de melhor ator. Whitaker passa toda a crueldade do ditador Idi Amin Dada sem cair na caricatura. Talvez por não mostrá-lo sendo alguém exclusivamente “mau” como um vilão da novela das sete, mas sim um ser humano que em muitos momentos é amável, carismático, sincero e até mesmo engraçado.

O Último Rei da Escócia é bom em todos os seguimentos: direção, fotografia, trilha sonora, roteiro, direção, atuação, tudo! Não é a toa que um longa de seis milhões de dólares rendeu mais de oito vezes seu orçamento. Por esses motivos eu o escolhi para comemorar o primeiro ano da coluna “FilosoFilmes”, além de ter sido o último pedido do meu avô, que em tom cômico disse: “Pelo amor de Deus assista a este filme, só não me ajoelho porque não posso!”. Espero que a coluna tenha vida longa, que entre erros, acertos e evoluções, enfatiza mostrar produções pouco conhecidas, mas de grande valor artístico. Obrigado ao Lixeira Dourada por me conceder um espaço nesta equipe, e principalmente a você que acompanha as atualizações deste blog.


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