terça-feira, 12 de julho de 2011

FILOSOFILMES: Retrospectiva Harry Potter, parte 3/4

Esse texto está sendo publicado como parte da Retrospectiva Harry Potter e cobre o seguintes filmes: Harry Potter e a Ordem da FênixHarry Potter e o Enigma do Príncipe. Para continuar, clique em "ler completo". Para ler os outros textos da retrospectiva, clique AQUI.


Uma Bíblia Em Duas Horas


Adaptar as 800 páginas de Harry Potter e a Ordem da Fênix  para as telas do cinema em 2007 não foi tarefa fácil. O maior livro da saga é o menor filme da cine-série, graças a um acordo da autora J.K Rowling e o diretor David Yates concluindo que o longa deveria ser divertido e ter o “espírito” do livro, enfatizando a jornada emocional do protagonista.  O resultado foi uma série de cortes das sub-tramas e até a ausência de personagens importantes, irritando os fãs puristas, mas não comprometendo os eventos fundamentais da história. 

 Harry usa seus poderes fora de Hogwarts no início do filme

Na época em que foi lançado, muitos especialistas consideraram o melhor filme da cine-série, graças a ênfase nas cenas de ação e o amadurecimento da narrativa, sendo a mais “pesada” até então. O visual é mais sombrio, enfatizando os tons de cinza e preto, aumentando a sensação de desconforto e tensão. As músicas cumprem o seu papel, condizendo com as cenas e aumentando o valor sentimental em vários momentos, em especial nas partes finais. No final das contas é um excelente filme, e uma ótima adição para Harry Potter.


Adaptação ou Reinvenção?

Se o filme da Ordem da Fênix conseguiu se manter fiel a história mesmo com vários cortes, o mesmo não pode ser dito de Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009). Considerado por muitos o melhor livro da saga, os mesmos dizem que a versão cinematográfica é uma “agressão” a história de J.K Rowling, graças a uma série de eventos importantes cortados ou modificados. Os Dursleys não aparecem, o passado de Tom Riddle é inexistente, assim como a história da mãe de Harry com o Snape e uma batalha nas últimas páginas do livro.

Dumbledore numa das cenas mais emocionantes da érie

Em contrapartida, Rowling disse na época do lançamento que o Enigma do Príncipe era seu filme favorito. Em questões cinematográficas, o longa metragem prende o espectador e as quase três horas de filme passam de modo imperceptível. Todos os seguimentos são mais bem trabalhados do que nos longas  anteriores: os atores estão em suas melhores performances, o visual sombrio do anterior é ainda mais evidente, e as cenas são mais empolgantes e emocionantes, com muitos efeitos especiais. Em suma: se você é fã do livro, com certeza não gostará do longa metragem, porém a versão cinematográfica é uma das melhores da saga de Harry Potter.
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