quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um Filme de Pelúcia

O ursinho Pooh, aquela versão ingênua do Homer Simpson, cativa pela simpatia. Amarelo e sempre guiado pela barriguinha, o urso e sua constante busca por mel irritam. No entanto, a ingenuidade é tanta que provoca sorrisos involuntários em qualquer um. Aliás, ingenuidade é a característica principal de Winnie The Pooh (USA, 2011), um filme que, de tão fofo, parece feito de pelúcia.



Certa manhã, Pooh acorda faminto e descobre que todo o seu estoque de mel acabou. Ele decide conseguir um pouco da guloseima com os amigos, mas ao chegar à casa de Ió, o burro tristonho e extremamente pessimista, Pooh descobre que ele tem um problema bem maior: Ió perdera o rabo. A turma toda segue, então, à procura de alguma coisa que possa servir de rabo para o burro, com a recompensa de receber um pote de mel.


Determinado a ganhar a recompensa, Pooh vai à casa de Christopher Robin, o menino, na esperança de encontrar alguma ajuda – ou, quem sabe, algum mel. Mas tudo o que encontra lá é um bilhete de Christopher que não consegue decifrar. A tarefa, então, passa para as mãos do sábio Corujão, que acaba interpretando tudo muito mal e começando uma grande confusão: Todos começam a achar que Christopher fora sequestrado por um monstro, e o Coelho, sempre engenhoso, arquiteta um plano para salvá-lo.


Não é preciso dizer que Pooh não para de pensar em mel um minuto sequer. E talvez seja isto, aliado a todos os outros personagens com personalidades tão definidas, que faça o filme ficar tão divertido. Um burro depressivo, um Leitão medroso, um Tigrão animado e pulante. Os personagens de sempre, com aquele visual aconchegante de sempre. Sem falar na brincadeira genial com as páginas e letras de livro, que faz a imaginação viajar.


O filme é muito fofo e passa uma mensagem de amizade sem cair num clichê incômodo. Pode parecer meio lento no início, mas é só questão de se acostumar à narrativa. Embora o seja bem curtinho (69 minutos), mais que isso seria desnecessário e poderia cansar as crianças acostumadas aos derivados de Pokémon que passam na TV. E aqui vão algumas dicas: Vale a pena ficar até o fim dos créditos, e é bom tampar os olhos das crianças quando o enchimento do Pooh sair da barriga, pelo risco de trauma por cena de terror (preciso dizer que isto é brincadeira?).

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