terça-feira, 22 de setembro de 2009

Apagando O Passado

Foi lançado no último fim de semana o 9º álbum de estúdio do Pearl Jam (10º, se considerarmos Lost Dogs, coletânea de raridades lançada em 2003). Backspacer trouxe muita inovação à banda, não só no aspecto sonoro mas também no que diz respeito à distribuição e divulgação do disco. Talvez seja essa mesmo a intenção da banda, já que eles batizaram o álbum de “apagador” (em tradução literal), sendo “backspacer” uma tecla de máquinas de escrever que evoluiu para simplesmente “backspace” ou “delete” nos computadores.

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Esse é o primeiro trabalho deles feito de forma completamente independente (apesar da distribuição fora dos EUA ser feita pela Universal). Também foi a primeira vez que eles concordaram em realizar uma parceria com uma grande rede de lojas, a Target, que vai usar uma das músicas em spots de TV e vai vender um edição limitada de Backspacer. E as embalagens, do álbum e dos singles, foi desenhada pelo famoso artista Tom Tomorrow.
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Agora, indo ao que realmente interessa, o Pearl Jam imprimiu uma batida pop às novas músicas de um modo que não é exatamente super inovador, mas que ele nunca haviam feito até então. É bastante provável que Backspacer desagrade um pouco aos fãs mais puristas, já que eles se afastaram um pouco do grunge que os consagrou há quase 20 anos. Mas, se pensarmos bem sobra a essência da música grunge que saía de Seattle nos anos 90, certamente vamos constatar que aquilo que era realmente buscado por aqueles músicos era uma música pura, simples, crua. E, de acordo com Stone Gossard, baixista do Pearl Jam, foi essa simplicidade que levou-ou ao que estão (estamos) chamando de pop. Pra que rotular, então? pj2
Sei que falei pouco sobre as músicas em si nesse texto, mas Backspacer se faz um bom disco pelo conjunto da obra, não por peças individuais. O primeiro single, por exemplo, é “The Fixer”, que é muito boa, mas não empolga tanto sem seu lado-B (“Supersonic”, que você deve estar escutando de deu play no início do texto). E, entre “batidões” e baladinhas, os 5 de Seattle continuam fazendo boa música. Vamos torcer pra que eles aterrissem logo por aqui, já que surpreendentemente o CD já está em algumas prateleiras tupiniquins.
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