O filme selecionado para a cerimônia de abertura do Festival do Rio 2009 foi Aconteceu em Woodstock (“Taking Woodstock”), do taiwanês Ang Lee (de “O Tigre e o Dragão” e “O Segredo de Brokeback Mountain”). A história se passa em 1969 e conta um (importante) episódio da vida do jovem Elliot Tiber que, depois de abandonar sua carreira e se mudar para o motel falido dos pais, numa tentativa de salvar o negócio da família, descobre que duas cidades vizinhas “expulsaram” o festival organizado pela Woodstock Ventures, e decide levar o evento para sua pacata cidade.
Um de seus trunfos na “negociação” é a licença para a realização de um “festival” de música, obtido por ele na Câmara de Comércio local, da qual é o presidente. Ele entra em contato com o riponga Michael Lang, um dos organizadores do festival e, com o apoio de um fazendeiro vizinho acaba o convencendo, despertando a ira de seus conterrâneos, que nada podem fazer a respeito. Sendo assim, algumas semanas depois um enorme palco é montado no local e centenas de milhares de jovens se reúnem para aquele que seria lembrado eternamente como o maior festival de música da História. E, é claro, regado a paz, amor, sexo, drogas e muito rock’n’roll.
Aconteceu em Woodstock não e exatamente um grande filme ou uma superprodução (custou “apenas” 30 milhões de dólares), mas Ang Lee conseguiu fazer o mais difícil com esse filme: criou um clima empolgante, nos fazendo sentir as emoções do que seria estar naquele local, naqueles momentos. A câmera nos torna parte da história. E, diversas vezes, nos faz desejar que realmente seja verdade, que realmente sejamos um deles.
