
Sérgio, Um Brasileiro No Mundo, faz parte da mostra O Brasil do outro, do Festival do Rio 2009. O filme conta a história de Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro que dedicou a vida a cuidar de pessoas comuns em áreas de risco. Funcionário das Nações Unidas, acostumou-se a negociar com criminosos de guerra e a sacrificar sua vida pessoal para cuidar de refugiados. Quando estava se preparando para largar a ONU e a construir uma vida com a mulher que amava, foi chamado para a missão no Iraque. Antes de assumir o posto no Iraque em maio, Vieira de Mello insistira com Annan para ficar apenas quatro meses, de forma a manter o seu cargo como alto comissário para Direitos Humanos da ONU. Sérgio morre em um atentado à sede da ONU, em Bagdá no dia 19 de Agosto de 2003. O filme é baseado no livro O Homem que Queria Salvar o Mundo, de Samantha Power.

Desde a morte de Sérgio, foram lançados cinco livros e dois documentários, sendo que mais um filme está sendo produzido sobre o tema. “Sergio, Um Brasileiro no Mundo” é o último documentário sobre o diplomata.

Em determinado trecho do filme, vemos Kofi Annan - então Secretário Geral da ONU - destacando que o brasileiro era a única pessoa nas Nações Unidos que todos conheciam pelo primeiro nome, Sérgio. Aí está a razão do título original.

Sérgio, de Greg Barker fez sua estreia mundial em janeiro de 2009 no Festival de Sundance. O documentário alterna momentos da vida de Sérgio com as imagens no dia do atentado e as tentativas para salvá-lo. O documentário não cita nem mostra Annie e seus filhos, que optaram por não participar.

O filme é chato em alguns momentos por ser muito didático. Além disso a trilha sonora enfatiza muito a dramaticidade de algo que já é muito dramático, o que torna o filme muito pesado. Mas tudo isso não deixa o filme insuportável. Ele é interessante, mas é absolutamente jornalístico. Mas o mais legal do filme é ter sido feito lá fora e homenagear um brasileiro.
