
PEDRO HENRIQUE BARROS
É complicado apontar todos os caminhos que o cinema Latino Americano está tomando nos últimos tempos. Portanto, fica dificil dizer o que Ilusões Óticas ("Ilusiones Ópticas", Chile, 2009) representa. É um filme com impressões muito fortes que sem dúvida apresenta uma ambição. Mas por trás de todas as idéias dele, pouco sobra que pode faze-lo ser considerado uma obra consistente.
A melhor maneira de definir ele é como um filme minimalista experimental. Ele narra diversas histórias que mexem com a percepção humana e constantemente questiona a maneira como a visão é usada pelo ser humano. Filmes como “Queime Depois de Ler” e até “Crash” já se utilizaram dessa estrutura narrativa para enfatizar seus discursos. No entanto, a mesma levada do cinema holywoodiano não pode ser vista em sua contraparte latina. A(s) história(s) ficam truncadas ao invés de uma complementar a outra.
É constantemente dito que os roteiros latino-americanos são o carro forte desse novo mercado que está emergindo. Infelizmente Ilusoes Ópticas não é um exemplo muito bom disso. Com certeza da pra levar e até se divertir, mas para os olhos treinados as falhas na estruturas são evidentes. Mas para um cinema de autor, o mais importante a ser considerado é o trabalho autoral do diretor. E infelizmente, é aí que o filme descarrilha.
A direção do filme é um tanto quanto perdida. Em umas horas o filme parece estar seguindo uma estética e no momento seguinte está seguindo outra completamente diferente. Os momentos em que isso fica evidente é na quadra de basquete, em que o filme parece evocar uma sensação teatral à la “Dogville”. É simplesmente estranho. Quando se trabalha com uma multiplicidade narrativa ou uma narrativa fragmentada é importante que haja uma coesão entre as partes para que a obra não se disperse. E esse é o maior pecado de Ilusoes Ópticas. O segundo maior pecado, e esse é algo extremamente subjetivo, é que o filme é insosso. O que é uma pena para um filme com uma proposta tão interessante não explorar totalmente o seu potencial.
A fotografia é bastante razoável. Mas quando a direção não está propriamente “direcionada”, fica difícil exigir algo mais. Mesmo assim, o filme apresenta alguns momentos de genialidade e de beleza em sua iluminação e enquadramentos. Não se trata de um filme ruim, longe disso. Como produto cinematográfico o filme está pronto para fazer uma gorda bilheteria. No entanto, não se deixe iludir pelo fascínio bem próprio de um filme tão peculiar como esse. As vezes é só miragem.
A melhor maneira de definir ele é como um filme minimalista experimental. Ele narra diversas histórias que mexem com a percepção humana e constantemente questiona a maneira como a visão é usada pelo ser humano. Filmes como “Queime Depois de Ler” e até “Crash” já se utilizaram dessa estrutura narrativa para enfatizar seus discursos. No entanto, a mesma levada do cinema holywoodiano não pode ser vista em sua contraparte latina. A(s) história(s) ficam truncadas ao invés de uma complementar a outra.
É constantemente dito que os roteiros latino-americanos são o carro forte desse novo mercado que está emergindo. Infelizmente Ilusoes Ópticas não é um exemplo muito bom disso. Com certeza da pra levar e até se divertir, mas para os olhos treinados as falhas na estruturas são evidentes. Mas para um cinema de autor, o mais importante a ser considerado é o trabalho autoral do diretor. E infelizmente, é aí que o filme descarrilha.
A direção do filme é um tanto quanto perdida. Em umas horas o filme parece estar seguindo uma estética e no momento seguinte está seguindo outra completamente diferente. Os momentos em que isso fica evidente é na quadra de basquete, em que o filme parece evocar uma sensação teatral à la “Dogville”. É simplesmente estranho. Quando se trabalha com uma multiplicidade narrativa ou uma narrativa fragmentada é importante que haja uma coesão entre as partes para que a obra não se disperse. E esse é o maior pecado de Ilusoes Ópticas. O segundo maior pecado, e esse é algo extremamente subjetivo, é que o filme é insosso. O que é uma pena para um filme com uma proposta tão interessante não explorar totalmente o seu potencial.
A fotografia é bastante razoável. Mas quando a direção não está propriamente “direcionada”, fica difícil exigir algo mais. Mesmo assim, o filme apresenta alguns momentos de genialidade e de beleza em sua iluminação e enquadramentos. Não se trata de um filme ruim, longe disso. Como produto cinematográfico o filme está pronto para fazer uma gorda bilheteria. No entanto, não se deixe iludir pelo fascínio bem próprio de um filme tão peculiar como esse. As vezes é só miragem.
