quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AHHHHHHH YEBENHAH YABABI TIBABA!

Assim como a animação 2D, os estúdios Disney já viveram seu tempo áureo, e o filme que emblematizou esse ápice foi O Rei Leão ("The Lion King", EUA, 1994). Agora, em um momento diferente da animação e do cinema, o rei retorna de seu exílio na esperança de reivindicar suas terras, e ainda mais, para dominar os reinados da terceira dimensão. Mas será que esse filme consegue manter a reputação que tinha, ou as coisas eram melhor nos tempos de Mufasa?


A parte boa é que o filme não envelheceu, a parte ruim é que nós sim. A savana africana continua tão linda como sempre foi, e esse é um dos maiores trunfos de O Rei Leão. É até difícil acredtar que depois de 17 anos o filme ainda consegue nos deixar embasbacados. Os cenários são os mais bonitos que você vai ver em uma animação e o gingado dos leões ainda possui aquele charme realista. Embora em alguns momentos possamos ver alguns traços mais arcaicos no desenho de Zazu, ele apenas serve para enaltecer o tom artesanal que quase se perde em meio a tanta beleza. Claro, nossos olhos ficaram mais rigorosos, mas se nem eles se encherem d'água durante a introdução com “The Circle of Life”, apenas resista a tentação de gritar que o macaco vai jogar a criança do penhasco.


Agora, o outro fator que entra no visual do filme são os gráficos 3D. Ele é perceptível, e até bastante presente, mas como o material original é em duas dimensões, a transposição fica meio distorcida. Em alguns momentos o uso da terceira dimensão chega a ficar forçado e até desnecessário. Como foi nos primórdios da nova tecnologia, usada como um artifício. Não é nada que vá atrapalhar a experiência, mas muitos vão achar que estaria melhor sem.


Mas sendo bem sincero, só existe uma coisa que destaca O Rei Leão dos outros filmes da Disney: o roteiro. É o que faz dele o ícone que é. Com certeza já ouvimos mitos sobre redenção e a perda da inocência antes, mas são poucos os que nos atingem com tanta força. A história continua cativante como sempre foi. É legal ver um filme que tenha um pouco para todo mundo, que consiga prender um adulto tanto quanto a criança. Por mais tradicional que seja a jornada do herói, é raro ver ela abranger a tantas pessoas, sem fazer concessão de público. Não só a história em si nos emociona, mas também a mensagem belíssima sobre vida que ela traz. Capaz tocar no cerne de nosso inconsciente coletivo. Também é bom lembrar que o filme possui diálogos maravilhosos, cheios de subtexto que poucos pequeninos que vão entender.


Só tem uma palavra que consiga resumir perfeitamente O Rei Leão: grandioso. Tudo nele é feito para ser uma obra prima. É disso que são feitos os clássicos. Se você é um daqueles que já não ve a hora de assistir de novo “O Rei Leão” na tela grande, então vá. E se você não for o maior fã de Simba e de sua jornada, tenho certeza que a sua sobrinha vai ter uma cópia do filme em DVD.

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