Filmes sobre magia com um pouco de clichê sempre divertiram
crianças do mundo inteiro, e alguns adultos, é claro. Nos anos 80, um dos mais
populares do gênero é O Feitiço de Aquila
( Ladyhawke - EUA, 1985). Quem pegar o DVD encontrará um excelente longa-metragem, além de ser curioso
ver a Michelle Pfeiffer e Matthew Broderick tantos anos mais jovem.
Europa, século XII. O Bispo de Áquila (John Wood) toma
consciência que sua amada, a bela Isabeau (Michelle Pfeiffer), está apaixonada
por Etienne Navarre (Rutger Hauer), um cavaleiro. Áquila fica possuído de raiva
e ciúme e lança uma maldição sobre o casal: de dia ela sempre será um falcão e
de noite Navarre toma a forma de um lobo, sendo assim, o casal fica impedido de
se entregar um ao outro. Eles têm como único aliado Phillipe Gaston (Matthew
Broderick), mais conhecido como Rato, que é o único prisioneiro que escapou das
muralhas de Áquila. Eles precisam dar um jeito de quebrar esse feitiço.
Uma história que facilmente passaria por brega e boba é um
excelente filme para toda a família graças a brilhante direção de Richard
Donner. Isso também se reflete nos efeitos especiais, sofisticados para a época
e convincentes até hoje mais de 20 anos depois, sem cair no ridículo em uma
única cena.
O longa metragem não seria tão mágico se não fosse a boa
interpretação dos atores. Numa das partes mais emocionantes, os três passam com
maestria toda a dramaticidade do momento, e enquanto você segura a emoção, ao
olhar para o lado encontrarás muitas lágrimas das pessoas com a sensibilidade
mais apurada.
O Feitiço de Áquila é um clássico dos anos 80. Previsível, é
verdade, mas o importante é que diverte. Dificilmente quem o assiste ficará
analisando a parte técnica, graças à harmonia que toda a produção passa ao
espectador. Um bom filme para qualquer situação: toda a família, casais, com os
amigos num “Movie Night” ou para uma tarde solitária. Se ele fez parte da sua infância, prepare-se para se encher de nostalgia e saudades.