Charles Chaplin costumava dizer que “a vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando
vista de longe”. Nesse sentido, o diretor e roteirista argentino Sebastián
Borensztein nos mostra o quanto é difícil lidar com a perda repentina e a
reclusão voluntária que vem em seguida. Quase um estudo freudiano, o qual
aponta que, em momentos de frustação, usamos do escapismo, seja pelas
substâncias químicas, isolamento, expressão artística, meditação. Temos uma
série de subterfúgios, porém são todas modalidades de fuga do problema. O não
enfrentamento leva ao que chamamos imaturidade emocional e é nessa premissa que
se baseia a tragicomédia Um Conto Chinês
(“Un Cuento Chino”, 2011, Argentina).