terça-feira, 12 de março de 2013

Uma História Caliente



Como é complicado lidar com um sentimento instável. Dizia Maquiavel ser da natureza humana a ingratidão, a dissimulação, a covardia. É certo que ele se referia à política, mas o que é a política senão a conquista e manutenção do poder e em que ela difere com o amor? Ouvimos diversas vezes a seguinte frase: “alguém tem que ceder”, mas aquele que abre mão pela felicidade do outro só o faz mediante conquista. Mas até onde é permitido chegar para se manter um relacionamento a dois?


Em Sexo Com Amor (“Sexo Con Amor”, 2003, Chile), o diretor chileno Boris Quercia faz uma abordagem cômica desse grande dilema que afeta a todos: o relacionamento. A história é dividida em três partes – três casais – independentes, mas que de certa forma se convergem.


Em uma reunião de responsáveis, numa escola, cuja finalidade era a discussão sobre o tema da sexualidade em sala de aula, é introduzida a história de três casais e seus problemas sexuais, tudo com grande e uma certa frustração. Vemos Alvaro, um grande empresário, casado e prestes a ser pai, e sua vida “agitada” e cheia de amor. Temos Luisa, a professora do colégio que mantem uma relação secreta com o pai de um de seus alunos. E, para terminar, tem o açougueiro Emílio com problemas conjugais que o forçam a um hiato sexual.




Um ponto que chama a atenção é a predominância da visão masculina desses casos. O marido que suspeita a traição, a mulher frígida que atormenta o seu companheiro e a jovem “afoita” por um relacionamento mais sério. Deparamo-nos com uma série de vicissitudes que, de alguma forma, justifica o comportamento – às vezes injustificável - de seus cônjuges. 



Apesar dessa visão um tanto machista, é um divertidíssimo filme. Uma boa pedida para um domingo à tarde.
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